Teresina (PI) – A presidente da Abav, Ana Carolina Medeiros, apresentou dados impactantes sobre o papel das agências de viagens no mercado turístico brasileiro durante o segundo dia do Summit Piauí Turismo, realizado em Teresina. O evento, voltado para reunir o trade turístico e promover o Piauí como destino, trouxe debates relevantes sobre inovação e fortalecimento do setor.
Segundo Ana Carolina, as agências associadas à entidade são responsáveis por movimentar grande parte do mercado. “Para ilustrar o impacto das nossas associadas no mercado, 55% dos bilhetes aéreos nacionais e 80% dos internacionais são comercializados por elas. Além disso, 60% das reservas de hotéis e 90% dos pacotes turísticos completos passam pelas agências associadas. Quando falamos em aluguel de carros, 28% são vendidos pelas nossas associadas, e 92% dos seguros viagem também vêm das nossas agências”, destacou.
O impacto econômico também foi enfatizado. Ana Carolina apresentou um panorama sobre o desempenho financeiro das agências nos últimos anos. “Antes da pandemia, em 2019, as nossas associadas movimentaram R$ 33 bilhões. Em 2020, esse número caiu drasticamente para R$ 12 bilhões. Contudo, em 2021 e 2022, vimos uma recuperação gradual, com números chegando a R$ 29 bilhões. Em 2023, alcançamos R$ 31 bilhões, e tenho certeza de que 2024 será um recorde para o turismo.”
Desafios e avanços legislativos para a Abav
Entre os avanços recentes, a atualização da Lei Geral do Turismo foi mencionada como um marco importante para o setor. A nova legislação trouxe critérios mais claros para o cadastro de agências de viagens, limitação de penalidades, simplificação para pequenas empresas e uma estrutura mais moderna. No entanto, desafios persistem, como a responsabilidade solidária e a reforma tributária.
“Defendemos que o turismo tenha uma simplificação tributária, cobrando impostos apenas sobre a receita efetiva das agências, e não sobre o faturamento total, que inclui valores repassados a fornecedores”, explicou.
O custo elevado do turismo no Brasil também foi apontado como um entrave. Passagens aéreas, hospedagem e alimentação são alguns dos fatores que tornam o país menos competitivo internacionalmente. Além disso, a alta do dólar foi descrita como um problema que impacta negativamente tanto o turismo doméstico quanto o emissivo.
“O custo do turismo no Brasil também é um grande entrave. Altos preços de passagens aéreas, hospedagem e alimentação tornam nosso destino menos competitivo frente ao mercado internacional. Precisamos combater a judicialização excessiva, que eleva esses custos”, afirmou Ana Carolina.
A presidente concluiu reforçando o papel da Abav como uma entidade que vai além da feira anual. “A Abav é a Associação Brasileira de Agências de Viagens, que trabalha em defesa do agenciamento e do turismo, além de promover ações associativistas e lutar contra legislações que possam prejudicar o setor.”
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