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Diretor da Kannak quer consolidar empresa no Brasil com foco em imersão

Carlos Florido aposta em parceria com a Befly para tornar a marca conhecida no país e lançar pacotes exclusivos com guias em português a partir do Natal

São Paulo (SP) — A operadora Kannak, integrante do grupo Iberostar, oficializou sua entrada no Brasil nesta quinta-feira (12), em um evento exclusivo para agentes de viagens e profissionais do turismo no rooftop da Befly, em São Paulo. A ocasião marcou a liberação dos circuitos da marca na plataforma da Befly e o início de uma fase estratégica de internacionalização. Criada em 2023 e com atuação inicial na Espanha, a Kannak agora busca se consolidar entre os viajantes brasileiros com roteiros culturais e flexíveis pela Europa, Ásia Central e Oriente Médio.

Em entrevista exclusiva ao Brasilturis, Carlos Florido, diretor e criador da Kannak, explicou que a chegada ao Brasil ocorre após uma integração técnica de um ano com a Befly. “É uma marca muito nova na Espanha, nascida em 2023, com foco exclusivo no mercado espanhol. Nossa meta era de 3.000 passageiros no primeiro ano, alcançamos 4.000. Já em 2024, crescendo só na Espanha, chegamos a 15.000 passageiros. Isso nos motivou a dar o salto internacional”, destacou.

A parceria com a Befly representa o primeiro passo dessa expansão internacional, que inclui também Portugal e outros mercados da América Latina. Segundo Florido, o objetivo em 2025 é apresentar a marca e ser testado pelo público. “Não temos expectativa numérica. Nosso foco é sermos conhecidos, que os agentes e o público testem os produtos. Para isso, vamos lançar algumas promoções com preços muito agressivos junto à Befly nas próximas semanas”, adiantou.

Com foco em circuitos culturais, a Kannak propõe uma nova forma de viajar: menos correria e mais imersão. “Queremos trazer uma ideia mais fresca, mais próxima do viajante mais jovem, que tem menos tempo, mas sabe o que quer. Nosso público não quer visitar 10 lugares em 8 dias, quer aproveitar mais o destino. Por isso, nossos roteiros são menos acelerados, com mais tempo livre, e voltados à satisfação real do cliente”, explica Florido.

A operadora trabalha com três linhas de produtos: o Kannak Design, voltado ao slow travel, com grupos reduzidos e experiências inclusas; o Kannak Freedom, com roteiros privativos e personalizáveis; e o Kannak Authentic, mais tradicional e acessível, com possibilidade de personalização por meio de módulos extras.

Entre os destinos estão clássicos como Paris, Toscana, Suíça e Marrocos, além de regiões emergentes como Macedônia do Norte, Uzbequistão, Albânia e Montenegro. “São países com um potencial turístico muito importante, mas ainda pouco explorados. Queremos ir com calma, passo a passo, consolidando a marca no Brasil”, acrescenta Florido.

Para marcar o início das operações, duas saídas exclusivas já estão programadas para o fim de 2025, durante o Natal e o Réveillon, com roteiros por Portugal e Espanha com guias falando português. “Temos um tour de oito dias em Portugal, saindo e voltando por Lisboa, passando por cidades como Fátima, Coimbra, Nazaré, Aveiro e Porto. Já na Espanha, começamos por Madri e seguimos por Barcelona, Valência, Sevilha, Granada, Córdoba e possivelmente Málaga. A ideia é passar o Réveillon em Madri”, detalhou.

A exclusividade da marca com a Befly será mantida em 2025, com os produtos disponíveis apenas na plataforma da empresa. Para 2026, a Kannak planeja entre 20 e 40 saídas anuais voltadas exclusivamente ao público brasileiro, com guias em português e foco total na experiência do viajante. “Encontramos na Befly um parceiro ideal. Embora seja uma marca nova, conta com pessoas muito experientes, o que facilitou esse encontro de visões”, afirmou.

Embora o Brasil ainda esteja em fase inicial dentro do plano estratégico da Kannak, a empresa vê o país como um mercado prioritário para 2026, quando pretende atingir entre 4.000 e 5.000 passageiros — número que dependerá diretamente da aceitação local. “A imprensa e os agentes de viagens são peças-chave para essa etapa. Estamos investindo no relacionamento, na experiência e em produtos pensados para esse perfil de cliente. A marca precisa ser sentida”, concluiu.

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Rafael Destro
Rafael Destro
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