Apesar de muitas marcas do turismo anunciarem boicote à Rússia com a invasão da Ucrânia, a Accor informou que não deve seguir o mesmo caminho. Para Sébastien Bazin, CEO da gigante francesa, a manutenção dos hotéis no território russo relaciona-se com “lealdade” aos clientes, profissionais e funcionários no país.

“Estivemos em países de guerra provavelmente 30 a 40 vezes nos últimos 50 anos em diferentes continentes. A Accor nunca desistiu de nenhuma atividade neste período, tendo em vista que hóspedes e funcionários precisavam de nós”, diz o executivo.

Bazin ressalta também que manter os empreendimentos russos abertos não tem trazido retorno em ocupação ou lucro. ” A ocupação têm ficado entre 35% e 40%. Não estamos ganhando com essa decisão”, complementa.

Na prática, a estratégia em questão da Accor leva em consideração jornalistas, funcionários de organizações não-governamentais e diplomatas do ocidente que estão hospedados em seus hotéis. Todos estes, na visão do CEO, precisam de um lugar seguro e com pessoas confiáveis para deixarem equipamentos e itens pessoais.

Por outro lado, a gigante francesa interrompeu a abertura de novas unidades na Rússia. Do total de 56 hotéis no território, cinco foram fechados por sanções impostas por governos do Ocidente aos donos dos ativos.