Oito navios de cabotagem, 35 de longo curso e 674 mil leitos disponíveis. Assim está desenhada a temporada 2022/2023 de cruzeiros pelo Brasil, que promete ser a maior da última década no país, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, a Clia Brasil. Com duração prevista de quase seis meses – de outubro de 2022 a maio de 2023 -, o período deve contar com cerca de 330 mil desembarques de estrangeiros no país.

Entre os destaques da próxima temporada estão os retornos dos navios de longo curso, que saem de destinos internacionais, param no Brasil e seguem seus itinerários. A ação recoloca o país na rota de importantes companhias marítimas de todo o mundo após as restrições e fechamento de fronteiras devido a pandemia, fomentando o turismo internacional.

“Os cruzeiros tiveram um impacto econômico de R$ 2,2 bilhões na temporada 2019-2020 e é um segmento fundamental para a retomada do turismo brasileiro”, destaca o presidente da Embratur, Silvio Nascimento. “Temos um potencial imenso para oferecer ainda mais cruzeiros na costa brasileira e atrair mais turistas estrangeiros para conhecer as belezas do nosso litoral. Estamos alinhados com a Clia Brasil para isso”, reforça.

A expectativa para a temporada é de que oito navios (Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Musica, MSC Fantasia, MSC Seashore e MSC Seaview) realizem 160 roteiros no país a partir de 29 de outubro. Com 674 mil leitos oferecidos aos turistas, a previsão é de que os cruzeiros superem a marca de 2019/2020 e movimentem R$ 3,3 bilhões (com os navios de cabotagem) e R$ 1,6 bilhão (com os navios de longo curso), com geração direta e indireta de cerca de 43 mil empregos no país.

De acordo com o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, esta temporada dará sequência a um acréscimo de cruzeiristas na costa brasileira que já vinha ocorrendo em 2019. “A gente vinha em um crescimento antes da pandemia. Agora temos uma temporada com oito navios e quase seis meses de operação. É uma temporada de cabotagem, com navios dedicados ao nosso país. Fora isso, temos 35 navios de longo curso, que não vem para cá desde a temporada 19/20, que vão trazer estrangeiros para o nosso país. Contando todos os navios, dos pequenos aos grandes, a gente vai passar de 280 mil desembarques possíveis”, afirma Ferraz. Estima-se que cada desembarque em solo brasileiro gere impacto econômico em torno de R$ 557 por dia.

Parceria

Em busca de ampliar cada vez mais a promoção do segmento e atrair turistas estrangeiros ao país, a Embratur, o Ministério do Turismo e a Clia Brasil se reuniram no último dia 27, em Brasília, com discussões propositivas para possíveis parcerias para impulsionar cada vez mais o interesse pelo turismo náutico.

Durante a reunião, os representantes das empresas que operam cruzeiros no Brasil falaram sobre as oportunidades para aumentar o mercado nacional e apresentaram uma lista de pontos a serem trabalhados para melhorar o desempenho da atividade, como a melhoria das condições de embarque e desembarque e ajustes no regramento tributário.


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