São Paulo (SP) – Com a estimativa de receber mais de 27 mil profissionais de viagem, teve início nesta segunda-feira (15) a 11ª WTM Latin America. Sob o tema “The Future is Open. Be the Change”, um dos maiores eventos do setor incentiva a indústria a repensar sobre seus processos, otimizando o presente em busca de um futuro melhor.

Recepcionando os presentes, Bianca Pizzolito, head da WTM Latin America, reforçou o desejo de que o futuro do Turismo envolva práticas sustentáveis e acolhedoras a todos os povos que habitam o Brasil.

“É uma alegria ver essa casa cheia e é uma honra estar nesse palco, por tudo que ele representa além de mim. As ações debatidas aqui terão reflexos na nossa indústria e todos serão impactados enquanto comunidade. Entendemos que o futuro é feito no presente”, contou.

Bianca reforçou ainda o medo que sentimos em sair da zona de conforto e ir além para encontrar o melhor que pode ser feito. “A mudança está nos pequenos movimentos”, frisou Pizzolito.

A exposição, que segue até esta quarta-feira (17), no Expo Center Norte, em São Paulo, teve sua área útil ampliada em 20% numa comparação com o ano anterior e agora ocupa 7,2 mil metros quadrados.

A solenidade de abertura contou com a presença de diversas autoridades do Turismo como Ana Carla Lopes, ministra do Turismo substituta; Milton Zuanazzi, secretário nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo; Carlos Henrique Menezes Sobral, secretário nacional de Infraestrutura  e Investimentos no Turismo; Marcelo Freixo, presidente da Embratur; Cíntia Marques, coordenadora geral do Ministério do Turismo; Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo; Fabrício Amaral, presidente da Fornatur; e Fábio Mitidieri, governador de Sergipe, dentre outras.

Refletindo sobre o tema da 11ª WTM, Daniel Munduruku, do povo Munduruku, falou sobre pertencimento e a necessidade do coletivo para que uma comunidade se desenvolva. “Somos os ancestrais do amanhã e a gente continua acreditando que o futuro está aberto e podemos ser a mudança. O que não está errado, mas precisamos nos comprometer com a mudança. Somos mais de 300 povos e 274 línguas num mesmo pais. Quase sempre, somos mais de 300 pontos de vista que não são observados e 274 línguas que não são aprendidas. Nenhum povo deveria impor sobre outro povo qualquer tipo de comportamento, porque aquele próprio povo já tem todas as respostas de seus questionamentos”, refletiu.

Ele ainda ressaltou a importância de, 524 anos depois, olhar para esses territórios a partir da perspectivas dessas populações. “Quando a gente pensa em índio a gente pensa numa ficção, num folclore e conceitos romantizados que aprendemos a reproduzir. Somos indígenas”, explicou sobre o termo adequado para pessoas que fazem parte de povos originários.

Diversidade em foco

Entre as novidades da WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Nesta primeira edição 27 organizações, entre iniciativas privadas e destinos, integram o projeto. Embora não seja uma premiação, cada uma delas receberá um selo de reconhecimento que as destacarão no evento.

O Brasilturis realiza a cobertura da WTM Latin America com o apoio do Cluster Paulista da rede Atlantica Hotels e com proteção Affinity Seguro Viagem