A Embraer anunciou, na última semana, que obteve receita líquida de R$ 22,7 bilhões em 2021, aumentando 15% frente 2020. O valor, equivalente a US$ 4,2 bilhões, se junta ao fluxo de caixa livre de R$ 1.677,1 milhões (US$ 292,4 milhões) no mesmo período. Ao todo, 141 jatos (48 aeronaves comerciais e 93 jatos executivos) foram entregues.

Somente no último trimestre do ano passado, a Embraer registrou 55 jatos entregues, sendo 16 aeronaves comerciais e 39 jatos executivos. No mesmo retrospecto, a receita líquida foi de R$ 7,3 bilhões. No acumulado de 2021, a expectativa da companhia era ficar entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões.

Os resultados melhores, de acordo com a companhia, tem relação direta com a maior eficiência operacional do período. Além disso, a Embraer também reportou preços e volume melhores do mercado, com maior mix de produtos em aviação comercial, executiva e serviços/suporte.

Embraer: segmentos

Aviação Comercial

A modalidade cresceu em 23% na receita em 2021, para R$ 7.132,6 milhões devido ao aumento nas entregas de E195-E2, bem como pelos preços mais altos. A família de E-Jets E2 (especialmente o E195-E2) representou 44% das entregas em 2021, em comparação aos 25% do total de entregas em 2020.

Aviação Executiva

Com receita de R$ 6.125,5 milhões em 2021, crescendo 9% no ano, o segmento foi impulsionado pelo aumento das entregas e preços mais altos.

Defesa & Segurança

O produto reportou uma queda de receita de 8% para R$ 3.176,1 milhões, tendo sido impactada principalmente pela negociação junto à Força Aérea Brasileira (FAB) em relação ao contrato do KC-390, no qual o número de aeronaves a serem entregues foi reduzido de 28 para 22 unidades, com entregas previstas até 2034.

O resultado da negociação gerou uma redução de US$ 526 milhões no backlog e uma redução de US$ 43 milhões na receita líquida em 2021, sem nenhum efeito imediato no caixa.

Serviços & Suporte

O segmento apresentou sólida recuperação com receita reportada de R$ 6.104,6 milhões, representando crescimento anual de 29%. Isso, de acordo com a Embraer, deve se estender à medida que as operações das companhias aéreas continuem a se recuperar do pico da pandemia em 2020.