De acordo com o Ibope, 48% das mulheres relatam já ter vivido algum tipo de assédio no carnaval. E não são só as mulheres que sofrem com assédio, discriminação e violência na folia momesca. São inúmeros os casos de homofobia, racismo, gordofobia, entre outros abusos durante este período.
Para minimizar estes números, a Livre de Assédio, empresa criada pela jornalista recifense Ana Addobbati, junto com a Ambev, está promovendo ações de capacitação, conscientização e protocolos de segurança no Carnaval do Recife. A equipe da Livre esteve, pela primeira vez, no Camarote do Galo da Madrugada, no Sábado de Zé Pereira, e está durante os quatro dias do Carvalheira na Ladeira.
Além de treinamento para as equipes dos dois espaços, buscando prevenir casos de abuso, a organização atua no acolhimento e orientação de vítimas. Também são distribuídas tampas de segurança para cobrir as bebidas, na intenção de coibir o drink envenenado, ação conhecida como ‘boa-noite, cinderela’.
“O carnaval é a maior festa popular de Pernambuco, responsável por movimentar toda a cadeia do turismo, dos bares e camarotes aos hotéis e receptivos. E o assédio às mulheres e ao público LGBTQIA+ é algo que vai de encontro à democracia que marca a festa. Por meio de parcerias, a Livre de Assédio capacita e cria protocolos de segurança para minimizar este impacto negativo”, explicou Ana Addobbati, fundadora da Livre, sobre a importância das ações.
“Toda a indústria do turismo é afetada quando ocorre um crime de assédio; a reputação de uma cidade é abalada quando os casos vêm à tona.” pontua.
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