As entidades empresariais, membros do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (CETUR), da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), entregaram nesta terça-feira, 14, à ministra do Turismo, Daniela Carneiro, um manifesto contrário à volta da exigência de vistos para visitantes dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão.
A isenção unilateral de vistos a turistas desses quatro países foi concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2019. Era um pleito do setor de turismo, mas havia resistência no Itamaraty por causa do princípio da reciprocidade, já que os países citados continuaram exigindo o visto dos brasileiros. Segundo o governo Lula, a medida não aumentou o número de turistas provenientes dessas localidades.
Porém, as entidades afirmam que não houve tempo para medir a eficácia ou não da isenção unilateral. “A CNC, por meio do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade, entende a importância de liberar o visto para esses países, já que a implementação foi feita em 2019 e logo tivemos a pandemia. Entendemos que é necessário medirmos a eficácia da isenção de vistos agora que voltamos para um período normal de atividades”, diz Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e diretor da CNC, em entrevista ao Brasilturis Jornal.
No documento, as entidades citam como exemplo de eficácia a isenção de vistos para Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016, “ocasião em que se observou aumento de 163 mil visitantes dessas localidades para a Brasil, uma alta de 55,3% em relação ao mesmo período a de 2015, e os gastos ultrapassaram US$167 milhões.”
Ainda segundo o documento, “a isenção de vistos a estrangeiros é uma antiga demanda do setor de Turismo, um pleito de grande interesse público e de relevância econômica para o Brasil. Dessa forma, essa questão merece ser reavaliada, uma vez que a supressão da norma, pode desestimular a vinda de turistas internacionais.”
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