O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), revela que as despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas em julho, alcançaram R$ 6,8 bilhões, crescimento anual de 7,3%, chegando a um incremento de R$ 464 milhões. Esse foi o melhor desempenho para o mês em uma década, desde 2013. A série histórica do LVC foi atualizada com base nas novas informações disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Anual de Serviços de 2021, e que a FecomercioSP utiliza para a realização de cálculos e estimativas.
Além disso, a partir de agora, a comparação do faturamento do mês de divulgação não será mais em relação ao mesmo período de 2019 (pré-pandemia), mas do ponto máximo para o mês da série histórica. Isso porque os valores daquele ano já foram ultrapassados há um tempo e o objetivo atual das viagens corporativas é alcançar e superar o montante de uma década atrás, e de acordo com o estudo, não está longe. O atual patamar está 1,5% abaixo do registrado em julho de 2013, já com o valor corrigido pela inflação.
Os setores que estão contidos nos cálculos da pesquisa são os transportes aéreo e rodoviário, locação de meios de transportes, agências e operadoras, serviços de alojamento e alimentação, além de atividades culturais e recreativas. Em sua maioria estão numa conjuntura favorável e de expansão nesses segmentos. Porém, é natural que em julho, período de férias escolares, as atividades corporativas tenham um ritmo mais fraco na relação com outros meses ao longo do ano.
Segundo a análise, para agosto, a expectativa é que o faturamento volte a ficar acima dos R$ 10 bilhões, pois esse segundo semestre tem sido intenso em feiras e eventos nos grandes centros.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, de aumento de 0,9%, principalmente nos setores de indústria e serviços, indica que as empresas seguem uma tendência favorável de aumento de investimentos, o que tem uma relação direta com as despesas com viagens corporativas. Outro ponto relevante para esse período é em relação à redução da taxa SELIC, a taxa básica de juros da economia, incentivando os investimentos produtivos.
O estudo também aponta que as variações estão desacelerando, de forma cada vez mais baixas, e isso não quer dizer um esfriamento do setor, pelo contrário, significa que já é possível fazer as comparações em relação a períodos excelentes e não mais à pré-pandemia, ou seja, a base de análise é muito mais elevada. Isso é importante inclusive porque os preços de vários serviços de turismo, como os bilhetes aéreos, estavam mais altos há um ano, o que contribuiu para o faturamento ficar num patamar elevado.
“Os números e tendências reveladas neste conteúdo são altamente promissores para o setor. O crescimento significativo nas despesas estimadas em julho demonstra uma recuperação contínua. O ajuste na metodologia de comparação, mirando o ponto mais alto da série histórica, reflete o desejo de não apenas se recuperar após os desafios da crise da covid-19, mas também superar os patamares anteriores. A desaceleração nas variações não é motivo de preocupação, mas sim um indicativo de que estamos analisando dados com datas específicas do passado”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.
Verifique o conteúdo completo do estudo por meio deste link.
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