Durante o 6º Travel Marketing & Management Summit (TMMs Summit), a Hospitality Sales & Marketing Association International (Hsmai) Brasil realizou uma pesquisa interativa com os 200 gestores de viagens e MICE presentes e conseguiu levantar dados importantes sobre as viagens corporativas.
“Com as pesquisas feitas durante os eventos da Hsmai, que são promovidos durante todo o ano, conseguimos entender melhor a realidade dos profissionais de gestores de viagens e eventos corporativos, além dos gargalos que impedem o desenvolvimento estratégico em várias frentes do setor. O nosso intuito é conseguir mostrar a todos quais as boas práticas estão presentes no dia a dia dos profissionais que fazem com que o segmento de viagem corporativa se mantenha relevante no país”, explica Gabriela Otto, presidente da Hsmai Brasil e Latam.
Segundo o levantamento, para 38,5% dos profissionais, o principal meio de transporte utilizado em viagens corporativas são os veículos chamados por aplicativos, seguido de aluguéis de carro, que corresponde a 37,4%, e os contratados por empresas de transportes executivos, com 13,2% de preferência. Apesar disso, 57,1% de quem opta pelo transporte executivo, o faz pela segurança oferecida encontrada no serviço.
Para Fernando Cavalheiro, presidente CEP Transporte, o que as empresas buscam no deslocamento de seus funcionários são carros novos, motoristas treinados e veículos de alta qualidade. “Os carros por apps e de aluguéis oferecem veículos de qualidade, segurança em manutenção e outros atrativos, mas nos transportes executivos, principalmente para C-levels, encontramos a opção de veículos blindados, motoristas treinados e o conforto de carros de luxo”, finaliza.
Quando perguntados sobre qual é a principal dificuldade em negociar com hotéis, 60,2% dos presentes responderam que as tarifas flutuantes impedem que haja previsibilidade no orçamento das viagens. Segundo Marcel Frigel, gestor de viagens IBM e membro do Corporate Board da Hsmai Brasil, apesar da tarifa adicionar complexidade aos orçamentos, “há benefícios em comparação com a tarifa fixa e isso ficou evidente durante a pandemia e em períodos de baixa procura, quando as tarifas fixas frequentemente se mostraram mais elevadas do que as tarifas flutuantes negociadas”, explica.
Para contornar isso, os profissionais ainda utilizam das RFPs (Request for proposal) para conseguir driblar a variação de preço. Frente aos 55,6% dos profissionais que acham que investir tempo e dinheiro neste modelo traz bons resultados. “A RFP para hotéis ainda pode oferecer diversos benefícios ao programa de viagens. Isso inclui a contratação de requisitos de segurança e comerciais, como a escolha entre tarifa LRA (last room available), canais de distribuição, políticas de cancelamento e penalidades, e até mesmo a estipulação de um nível máximo ou teto para a variação das tarifas flutuantes”, explica Frigel.
Apesar dos valores de hospedagem serem um grande problema para os gestores de viagens e eventos corporativos, 40% dos profissionais deixaram claro que não existe um valor orçamentário definido para passagens aéreas, contra 38,8% que chamam a atenção para a dificuldade de negociação interna. Outro ponto interessante é que mais de 46% ainda não acreditam nos benefícios do New Distribution Capability (NDC) e 91% ainda têm dúvidas sobre o conceito.
“Entender completamente o conceito do NDC pode ser desafiador para muitos, pois o cenário é complexo, repleto de incertezas a serem desvendadas e dependente das ações e desenvolvimentos de diversos parceiros. Reconhecemos que a compreensão plena do NDC representa um desafio significativo para a maioria e por isso é preciso investir tempo em capacitação. Apesar disso, à medida que avançamos nessa trajetória complexa, a certeza é clara: o NDC veio para ficar, prometendo um futuro promissor, embora ainda haja um longo caminho a percorrer”, finaliza Marcel.
Confira outros resultados:
Você também é responsável por Eventos na sua empresa?
- Sim: 63,1%
- Não: 26,2%
- Quando o bixo pega!: 10,8%
Em média, qual é o percentual destinado para cenografia e audiovisual em seus eventos?
- Até 20%: 38,5%
- Até 30%: 13,8%
- Até 40%: 3,1%
- Acima de 40%: 6,2%
- Não sei responder: 38,5%
O que não pode faltar para um serviço de excelência?
- Flexibilidade para mudanças: 39,1%
- Comunicação assertiva: 34,8%
- Antecipação das necessidades: 21,7%
- Empatia: 4,9%
Você faz alguma exigência específica no seu processo de RFP?
- Tarifas disponíveis online via distribuidor escolhido: 38,4%
- Não faço nenhuma exigência se consigo uma tarifa boa: 35,4%
- Pagamento via VCN (Virtual Card Number): 14,1%
- Last Room available em todas as tarifas negociadas: 12,1%
O quanto você acredita que sua política de viagens está alinhada com a “Experiência do Viajante”?
- Estamos adaptando aos poucos: 58,3%
- Garantir produtividade e bem-estar do viajante: 20,8%
- Nada alinhada: 20,8%
Sua empresa mede o ROI (Retorno sobre investimento) das viagens corporativas?
- Não: 50%
- Em partes: 22,9%
- Não, mas está no radar: 18,8%
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