Para o Turismo alcançar seu pleno potencial, é crucial superar uma série de desafios, dentre os quais se destaca a falta de investimentos e a falta de mão de obra qualificada. Para se ter uma ideia, cerca de 70% dos CNPJs do setor de Turismo de Minas Gerais não foram beneficiados pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e mais de 25 mil vagas não foram preenchidas no estado. Para reverter esse cenário, a Associação Mineira de Hotéis de Lazer (Amihla) entra com medida judicial pedindo a restituição dos valores devidos aos hotéis que não foram contemplados com a verba e lança durante a 3º edição do Congresso Amihla, que acontece no dia 07 de maio, no Tauá Resort em Caeté (MG), o projeto “Hotelaria em Movimento” para capacitar 10 mil profissionais do turismo em todas as cidades mineiras.
Alexandre Santos, presidente da Amihla, ressalta a importância do congresso para ampliar o debate sobre os principais entraves para a expansão do turismo em todo Estado. “A alta tributação do setor é um grande desafio que precisamos romper, por isso, vamos pleitear a restituição e a ampliação do benefício para aqueles que foram inicialmente excluídos do Perse. Estamos com valores a serem ressarcidos na casa dos bilhões de reais, todo esse potencial de reinvestimento na economia pode gerar mais empregos e renda para a região, fortalecendo assim o setor como um todo. Essa ação judicial reflete o nosso compromisso incansável em defender os interesses dos empreendimentos hoteleiros e turísticos de Minas Gerais, buscando sua sustentabilidade e crescimento contínuo”.
A escassez de profissionais de profissionais qualificados e disponíveis no mercado tem sido outro grande obstáculo para o crescimento da hotelaria no Brasil. Estima-se que existem mais de 25 mil vagas abertas no setor em Minas Gerais, e 1 milhão e meio no Brasil que não foram preenchidos devido à falta de trabalhadores qualificados. Diante dessa dificuldade que enfraquece o setor a Amihla, lança no dia 7 de maio o projeto “Hotelaria em Movimento”, para capacitar mais de 10 mil trabalhadores até o início de 2024 a 2026, em áreas essenciais da hotelaria em Minas Gerais. Segundo Santos, o programa abrangerá capacitação online e presencial em diversas cidades do estado, a iniciativa visa não apenas resolver o problema imediato da escassez de profissionais, mas também fortalecer a competitividade e a sustentabilidade do setor a longo prazo.
Outro desafio significativo enfrentado pela hotelaria é falta de infraestrutura adequada para o turismo, lamenta Santos. Esses fatores encarecem os custos operacionais dos empreendimentos hoteleiros, tornando-os menos competitivos em comparação com destinos turísticos em outras regiões do país. A falta de infraestrutura, como acesso limitado a aeroportos e estradas de qualidade, também prejudica a atratividade de muitos destinos em Minas Gerais, limitando o potencial de crescimento do turismo na região.
“O Brasil possui recursos incríveis para se destacar no turismo global, mas é crucial enfrentar os desafios que impedem seu pleno desenvolvimento através de projetos e inciativas públicas assertivas, que possam impulsionar o desenvolvimento do setor hoteleiro em Minas Gerais, criando assim um ambiente mais favorável ao crescimento e à inovação”, destaca o presidente da Amihla.
Os principais desafios do turismo serão debatidos na 3ª edição do Congresso Amihla, que reunirá os principais empreendedores hoteleiros de Minas Gerais para uma jornada de discussões, insights e networking, com palestra com cases de grandes nomes do mercado, como Lizete Ribeiro, CEO do Grupo Tauá de Hotéis; Pedro Cypriano, especialista hoteleiro; Diogo Gonçalves, presidente da Rádio Itatiaia; André Bekerman, diretor geral do Trul Hotéis e a consultora de Revenue Management (Gestão de Receitas), Waleria Fenato. O congresso é aberto a associados e convidados. Para se inscrever e obter mais informações, acesse o site oficial da associação.
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