A Azul S.A divulgou, nesta segunda-feira (12), os resultados financeiros e operacionais referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24). Apesar dos desafios enfrentados, a companhia conseguiu manter resultados sólidos, refletindo sua resiliência no mercado. EBITDA atingiu R$1,1 bilhão com uma margem de 25,2%, e um lucro operacional de R$441,2 milhões, representando uma margem de 10,6%.

“A receita operacional da Azul no 2T24 atingiu R$4,2 bilhões, queda de 2,3% em relação ao 2T23, principalmente devido ao impacto das enchentes no estado do Rio Grande do Sul em maio e à redução temporária da nossa capacidade internacional, que foi 8,0% menor ano contra ano. Sem esses impactos, estimamos que nossas receitas líquidas teriam ficado acima do 2T23”, explica John Rodgerson, CEO da Azul S.A.

O CASK (custo por Assento-Quilômetro oferecido) foi de R$34,18 centavos, uma redução de 1,8% em relação ao 2T23. A redução foi impulsionada por ganhos de eficiência operacional e maior utilização de aeronaves de última geração, apesar dos desafios cambiais e do aumento nos preços dos combustíveis.

Enquanto o tráfego de passageiros (RPK) cresceu 3,9% em relação a um crescimento de capacidade de 3,4%, resultando em uma taxa de ocupação de 80,3%

Em comunicado de resultados, Rodgerson expressou suas condolências à Voepass e a todos os envolvidos na recente tragédia. Além disso, destacou o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que forçaram o fechamento do aeroporto de Porto Alegre, afetando significativamente as operações da companhia. O Rio Grande do Sul, que representa mais de 10% da capacidade da Azul, resultou em uma perda estimada de R$ 200 milhões no trimestre.

Rodgerson também abordou o impacto da desvalorização do real brasileiro, que enfraqueceu 11,7% durante o trimestre, e o aumento dos preços dos combustíveis em 2,4%, que pressionaram os resultados da companhia. Apesar desses desafios, a Azul conseguiu manter uma margem EBITDA de 25,2%, uma das mais altas do setor.

“As tendências de vendas no terceiro trimestre estão muito encorajadoras, com uma aceleração na demanda corporativa, levando a um aumento nas tarifas. Acreditamos que esta tendência irá se intensificar no segundo semestre do ano, sazonalmente o nosso período mais forte”, expressa a Azul no documento.

A Azul informou ainda que manteve crescimento após implementação do plano de otimização de capital no ano passado,
passando para o próximo passo de acessar todo o valor disponível na Azul. “Desenvolvemos e começamos a implementar um plano, chamado “Eleva”, com múltiplas oportunidades para aumentar receitas e reduzir custos, mais uma vez permitindo que a Azul se adapte e continue expandindo a lucratividade e a geração de caixa”, explica.

Com relação a aeronaves, o plano de transformação da frota se mantém no “caminho certo”, segundo Rodgerson, gerando uma redução de 2,0% ano contra ano em nosso consumo de combustível por ASK. No segundo trimestre foram recebidos 2 Airbus A320s, 2 Airbus A330neo e 1 Embraer E2, com mais aeronaves a serem entregues nos próximos meses.

“Estamos orgulhosos do desempenho de nossas unidades de negócios, que foram responsáveis por mais de 20% de nosso RASK e acima de 30% de nosso EBITDA. O desempenho do Azul Fidelidade permaneceu forte, com um recorde histórico de membros, faturamento bruto e cartões de crédito co-branded ativos. A Azul Viagens, nosso negócio de lazer, cresceu 63% em vendas brutas no 2T24 em comparação com o 2T23. Nosso negócio de logística permaneceu forte, com crescimento de receita trimestre a trimestre, mesmo com o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul em nossas operações”, relata o aérea.

Para o futuro, a previsão é otimista. “Agora que entramos no período sazonalmente mais forte de primavera e verão no Brasil, com a chegada de mais aeronaves de nova geração em nossa frota, continuamos otimistas em relação ao futuro. As vendas têm melhorado nas últimas quatro semanas, e esperamos que essa tendência se acelere. Nosso compromisso continua firme em oferecer um valor excepcional aos nossos clientes, acionistas e tripulantes”, conclui.