O São Paulo Boat Show, promovido pelo Grupo Náutica, a maior autoridade do setor, será realizado no período de 19 a 24 de setembro e deve reunir mais de 120 marcas e mais de 150 barcos em exposição, de embarcações para esportes a iates de luxo, além de acessórios, serviços e tecnologia embarcada. Paralelamente ao evento, mais um destaque será a nova edição do Congresso Internacional Náutica que reunirá lideranças locais, estaduais e federais para discutir sobre o desenvolvimento do setor e casos de sucesso.

Com praias que estão entre as mais belas do mundo, aliado ao crescente interesse dos brasileiros pela navegação, o país vem despontando na náutica de lazer o que pode representar um salto significativo em termos de economia e arrecadação financeira e, portanto, um caminho promissor ao desenvolvimento, com o olhar do governo e da iniciativa privada para o ‘universo das águas’. Dessa forma, com o objetivo de fomentar a náutica para o Brasil e exterior, o evento náutico da América Latina conta com quase 100% dos espaços já reservados para exposição.

Uma prova desse desenvolvimento do próprio estado de São Paulo envolve o investimento de R$ 30 milhões em novas estruturas náuticas que deverão impactar 13 municípios do interior paulista, programa amplamente discutido no congresso realizado durante o São Paulo Boat Show em 2023. O apoio do governo deve elevar o número de turistas e excursionistas, que atualmente não ultrapassa 1,82 milhão por ano, para 3,12 milhões até 2032.

Fundamentais para estimular a parada de barcos, como lanchas e motos aquáticas, estruturas náuticas facilitam o embarque e o desembarque de passageiros. Conforme informações divulgadas pelo Governo do Estado/Secretaria de Turismo, a movimentação financeira direta e indireta nestes municípios deve triplicar de R$ 138 milhões por ano para mais de R$ 523 milhões no mesmo período, segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET).

São Paulo tem 4,2 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 50 grandes reservatórios de água doce cercados por natureza, além de cerca de 8 mil km de costa marítima, demonstrando grande potencial ao setor.

Além disso, no Brasil, a procura por ambientes abertos e pelo contato com a natureza impulsionou a aquisição e locação de barcos, como lanchas, veleiros e motos aquáticas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), com crescimento de 10% ao ano, nos últimos cinco anos.