Início Notícias Feiras e Convenções Summit Visit PE debate desafios para ampliar turismo internacional no NE

Summit Visit PE debate desafios para ampliar turismo internacional no NE

0
O debate contou com a participação de Daian Silva, da Infinitas; Miguel Ferreira, da Exótico; Roxana Rivilli, da Mediterránea; e Walter Emí­lio, da Tourmed. Foto: Diego Siliprando (Brasilturis)

Porto de Galinhas (PE) – Durante o Summit Visit Pernambuco, evento que reuniu profissionais do setor de turismo no Nordeste, o painel sobre o “Cenário do Turismo Internacional e como o Nordeste vai atrair esse público” trouxe à tona desafios e oportunidades para o destino. O debate contou com a participação de Daian Silva, da Infinitas; Miguel Ferreira, da Exótico; Roxana Rivilli, da Mediterránea; e Walter Emílio, da Tourmed.

O mediador da discussão foi Eduardo Tiburtius, presidente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), que iniciou o painel destacando o cenário atual do mercado internacional e afirmou que o mercado internacional, especialmente o argentino, ainda não voltou aos patamares de 2019. “A conectividade é essencial. Sem a possibilidade de acesso fácil, o turista não consegue chegar até o destino”, disse.

Ele destacou que, embora o Nordeste tenha recuperado parte da conectividade aérea com a Argentina, ainda há um longo caminho para alcançar a recuperação total do fluxo de turistas internacionais. Hoje, o Brasil tem três conexões diretas com o país, um avanço considerável após a pandemia.

Daian Silva, da Infinitas, também compartilhou sua perspectiva, ressaltando o crescimento do Rio de Janeiro como destino prioritário após a pandemia, mas destacando o potencial de Porto de Galinhas e outras regiões do Nordeste. “A diversidade regional é um grande atrativo para o turista. Cada estado tem sua identidade, o que ajuda a diversificar os produtos turísticos e explorar novos nichos”, afirmou.

A participação de Miguel Ferreira, da Exótico, trouxe uma visão sobre o mercado europeu, mais especificamente o português. Ferreira explicou que, até 2008, Portugal foi o principal mercado internacional para o Nordeste, mas que esse cenário mudou com o crescimento da demanda de turistas sul-americanos, especialmente argentinos. Ele destacou que, desde a pandemia, os turistas portugueses diminuíram significativamente, mas ainda há muito a ser feito para retomar a conexão com esse público.

“A concorrência aumentou muito, e o Brasil precisa se adaptar a novos padrões de demanda e aumentar a atratividade para o turista europeu”, explicou Ferreira. Ele citou o aumento do interesse de turistas por destinos mais próximos, como o Caribe e outros países da América Latina, que oferecem custos mais baixos e uma viagem mais curta.

Walter Emílio, da Tourmed, focou no mercado argentino, destacando que o perfil do turista tem mudado ao longo dos anos. Emílio afirmou que o turista argentino que visita o Nordeste do Brasil, especialmente Porto de Galinhas, vem cada vez mais em grupos familiares e casais, e que a demanda por pacotes que combinem experiências culturais e eventos está em alta.

“A cultura brasileira, especialmente a de Pernambuco, continua sendo um atrativo poderoso para o argentino. Além disso, a conectividade e a oferta de eventos são essenciais para atrair esse público”, disse.

A importância dos eventos e a diversificação de produtos

A discussão também abordou a crescente importância dos eventos como uma ferramenta para explorar o turismo internacional. Emílio destacou que o turismo de eventos tem se mostrado uma tendência importante, especialmente em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo. “O turista está buscando mais do que um destino turístico, ele quer uma experiência. A participação em grandes eventos como a Fórmula 1, shows e festivais, ou até mesmo o ato de adotar um coral, cria uma oportunidade de diversificação para o turismo”, explicou, referindo-se à Biofábrica de Corais, projeto desenvolvido em Porto de Galinhas.

Daian Silva complementou, dizendo que o Nordeste tem potencial para se tornar um destino ainda mais atrativo ao combinar seus pontos turísticos tradicionais com eventos culturais. “É um trabalho contínuo de promoção e criação de novos produtos para o turista, além de fortalecer a conectividade aérea”, afirmou.

O exemplo de Portugal: o que o Brasil pode aprender?

A experiência de Portugal no desenvolvimento de seu setor de turismo também foi mencionada durante o painel. Miguel Ferreira elogiou a estratégia de Portugal, que conseguiu tornar-se um destino cada vez mais atraente, tanto para turismo internacional quanto para os próprios portugueses. “A integração entre o setor público e privado foi essencial para o crescimento do turismo em Portugal. O Brasil tem potencial imenso, mas precisamos de uma política de longo prazo que envolva todos os atores do setor”, concluiu.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile