Teresina (PI) – No primeiro dia do Summit Piauí Turismo, evento que reúne o trade turístico estadual em Teresina, Ana Clévia Guerreiro, coordenadora de Projetos do Sebrae, abordou a importância de transformar experiências turísticas em vantagem competitiva para empresas e destinos. Durante a palestra, a especialista destacou que o sucesso no setor depende de compreender as necessidades específicas do público e de criar conexões autênticas com as culturas locais.

“Você deve oferecer o destino de acordo com a necessidade do cliente. Essa compreensão é fundamental para atingir o objetivo esperado. No caso do Nordeste, por exemplo, é preciso entender que ele é um destino de sol, salvo algumas exceções. Saber o que o cliente busca é o ponto de partida”, explicou Ana Clévia.

O Summit Piauí foi aberto com a apresentação de uma banda de música tradicional nordestina. O grupo ‘Valor de Pi’ foi ao palco e agitou a plateia, promovendo até mesmo uma ciranda entre os presentes. O momento serviu de exemplo para a palestra de Ana Clévia.

Grupo musical agita a abertura do Summit Piauí Turismo.

Grupo musical Valor de Pi agita a abertura do Summit Piauí Turismo.

A palestrante compartilhou momentos marcantes que vivenciou no Nordeste, reforçando o papel da identidade cultural como atrativo turístico. “Uma das experiências mais bacanas que já vivi foi no Nordeste. O grupo que se apresentou hoje aqui me emocionou, porque isso reflete quem somos como brasileiros e, especialmente, como nordestinos. Nós temos algo muito especial dentro de nós.”

O impacto emocional que experiências culturais autênticas geram foi outro ponto destacado. Citando o Festival de Parintins, Ana Clévia enfatizou que viver o evento na cidade é uma experiência singular, diferente de assistir a apresentações em outros contextos. “É isso que buscamos oferecer: experiências autênticas e carregadas de significado. Isso tem valor, e as pessoas estão dispostas a pagar por isso”.

Ana Clévia também ressaltou a importância de entender o público-alvo para oferecer produtos turísticos adequados. “Nem todos os produtos são de massa. Alguns são de nicho e exigem a compreensão de quem é o público-alvo. Não adianta tentar vender um produto voltado à sustentabilidade para alguém que não valoriza isso.”

Ela concluiu sua apresentação citando Fernando de Noronha como exemplo de um destino que pode se beneficiar da exclusividade para garantir a sustentabilidade. “Um limite de 200 turistas por dia, por exemplo, pode garantir a sustentabilidade, desde que cada visitante pague um valor justo, que mantenha a economia local ativa e respeite a fragilidade ecológica do local.”

Com reflexões que unem prática e teoria, a palestra reforçou a relevância de criar experiências turísticas que conectem visitantes e comunidades, gerando valor tanto para os turistas quanto para os destinos.

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