Com as férias se aproximando, é comum que as pessoas arrumem suas malas e se preparem para viagens internacionais. Além de verificar documentos e passaportes, um cuidado essencial é garantir que as vacinas estão em dia, especialmente a vacina contra a febre amarela. Para alguns destinos, este é um requisito indispensável para entrada no país.
A vacina contra a febre amarela é administrada em dose única, garantindo proteção ao longo da vida. Ela pode ser tomada em postos de saúde e clínicas particulares, sendo essencial verificar a disponibilidade com antecedência. Além disso, é recomendada não só para viagens internacionais, mas também para proteger moradores de áreas endêmicas no Brasil.
A vacina é recomendada para pessoas a partir de 9 meses de idade, podendo ser administrada a partir de 6 meses em situações de surto. Para pessoas acima de 60 anos, a imunização só é realizada após avaliação médica.
O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa grave transmitida pela picada de mosquitos infectados, como o Aedes aegypti, em áreas urbanas, e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, em áreas silvestres. A enfermidade é causada por um vírus que pode levar a sintomas como febre alta, calafrios, dores musculares, náusea e, em casos graves, comprometimento de órgãos vitais como fígado e rins, resultando em risco de morte.
A melhor forma de prevenção é a vacinação, além de medidas como o uso de repelentes e roupas que cubram o corpo. No Brasil, a febre amarela é mais frequente em regiões de matas e áreas rurais, especialmente durante os meses de verão.
Países que exigem o CIVP
O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é um documento que comprova a imunização contra a febre amarela. Ele é exigido por 47 países: 34 na África, 13 nas Américas Central e do Sul.
Confira a lista dos países que exigem o CIVP:
América do Sul: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.
América Central e Caribe: Bahamas, Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e Trinidad e Tobago.
África: Angola, Benim, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Quênia, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Sudão, Togo e Uganda.
Ásia: Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia.
Oceania: Austrália e Fiji.
Essa medida é adotada para evitar a disseminação da doença em regiões onde o vírus não circula, protegendo a saúde pública local.
Como solicitar o CIVP
Para obter o CIVP, o viajante deve:
- Tomar a vacina contra a febre amarela em um posto de saúde ou clínica autorizada. É importante guardar o comprovante de vacinação.
- Acessar o site da Anvisa (https://www.gov.br/anvisa) e realizar o cadastro no sistema. O cadastro exige dados pessoais como nome completo, CPF e endereço.
- Após o cadastro, solicitar a emissão do CIVP no sistema, anexando o comprovante de vacinação.
- Escolher a opção de emissão online, quando disponível, para receber o certificado digital por e-mail. Caso prefira o atendimento presencial, agendar uma visita em um centro autorizado.
- No atendimento presencial, comparecer ao local escolhido com o comprovante de vacinação e um documento de identificação com foto.
O processo é gratuito e, em caso de emissão online, o certificado pode ser acessado rapidamente, desde que toda a documentação esteja correta.
Tempo necessário para tomar a vacina antes de viajar
Quem planeja viajar para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) deve tomar a vacina contra a febre amarela pelo menos 10 dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para que o organismo desenvolva a imunidade contra o vírus.
Casos de contraindicação
Pessoas com alergia grave a componentes da vacina, imunossuprimidos, gestantes, crianças menores de 6 meses e idosos acima de 60 anos devem consultar um médico antes de tomar a vacina. Nestes casos, é possível solicitar uma declaração médica que será analisada pelas autoridades de saúde para isenção do CIVP.
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