A Unedestinos, em parceria com a Nesty Digital, Plataforma de Eventos Associativos, e o Grupo Conecta Eventos, com o apoio da Embratur, apresentou nesta terça-feira dados da segunda edição da pesquisa “O Mercado de Eventos Associativos no Brasil”. O material apresenta resultados do setor de eventos associativos no decorrer do ano de 2023 e traz comparações com sua última edição, lançada em 2020, antes da pandemia.

Para a realização da pesquisa, foi montado um formulário de 68 perguntas. 500 associações foram consultadas, sendo que 108 delas responderam os questionamentos propostos na totalidade.

Entre os dados apresentados, destacam-se as sedes procuradas pelas associações para a realização de seus próximos grandes eventos. Rodrigo Cordeiro, especialista no setor de eventos associativos, foi quem conduziu a apresentação dos resultados da pesquisa. Os números mostram que a cidade mais procurada para os próximos grandes eventos do setor foi São Paulo, maior metrópole do país.

Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro e Brasília. O quarto lugar ficou com Campinas, a terceira maior cidade do estado de São Paulo.

Veja abaixo outros dados apresentados pela pesquisa:

Perfil das associações

  • 45% das entidades participantes possuem menos de 500 associados, enquanto 18% têm mais de 2.015 associados.
  • A média de associados por entidade é 1.720.
  • 93% das associações acreditam que o número de associados vai aumentar ou se manter estável, demonstrando otimismo quanto ao futuro.

Fontes de receita para associações

  • A mensalidade/anuidade é a principal fonte de receita, seguida pelos resultados de congressos e feiras de negócios.
  • Apesar da pequena diferença entre as duas categorias, 90% das associações pretendem continuar cobrando mensalidade nos próximos cinco anos.

Fontes de receita para eventos

  • A maior fonte de receita seguem sendo os patrocinadores (44%), seguidos pelo valor das inscrições (25%), os estandes (20%), outros (8%) e ações de marketing (3%).
  • A principal mudança em relação aos números apresentados antes da pandemia ficam por conta da queda de 2% relacionada ao percentual de receita dos patrocinadores. Antes, o número era de 46%. Além disso, a seção “outros” apresentou crescimento de 3% para 8%.

Eventos e impacto da pandemia

  • O orçamento médio anual das associações é de aproximadamente R$ 918.981.
  • As entidades realizam, em média, 20 eventos por ano, sendo que 10% das organizações promovem mais de 100 eventos anualmente.
  • A pandemia levou muitas entidades a se reinventarem, usando eventos como alavanca para reposicionar suas marcas e manter relevância.

Dados sobre eventos

  • O número médio de participantes nos maiores eventos das associações é de 1.850 pessoas.
  • Quando o foco é em exposições, a média é de 1.315 visitantes e 202 expositores. No entanto, feiras menores, com até 100 estandes, têm um número médio de 53 expositores.
  • O mês de outubro é o período mais ativo para a realização de eventos, superando setembro, que era tradicionalmente o mais movimentado.
  • Eventos em janeiro, dezembro e fevereiro são raros, caracterizando esses meses como uma pausa para o setor.

Tendências tecnológicas e desafios

  • 90% das associações estão presentes no Instagram, que se consolidou como a principal rede social, superando o Facebook.
  • Apesar disso, 87% das entidades não rentabilizam o uso de tecnologias como YouTube ou WhatsApp, utilizando essas plataformas apenas para interação e transmissão.

Escolha de destinos para eventos

  • A decisão sobre onde realizá-los depende de diversos fatores:
    • 43% consideram a disponibilidade de espaços e redes hoteleiras compatíveis.
    • 30% escolhem o destino com base na conexão do local com o tema do evento.
    • 26% levam em conta incentivos financeiros ou cortesia de espaços por parte do governo local.

Oportunidades e recomendações

Rodrigo Cordeiro destacou que muitas associações não mantêm a comunicação com seus públicos entre edições de eventos. 68% das entidades não trabalham ativamente a comunicação durante esse intervalo, o que pode levar à perda de engajamento. Ele também ressaltou a necessidade de maior investimento em tecnologias e estratégias digitais para aumentar a rentabilidade e eficiência operacional.