O ano de 2025 marca os 50 anos do início de uma nova história para Angola, que em 11 de novembro de 1975 declarou sua independência. Ao todo, foram 13 anos de guerra (1961–1974), conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional. No ano seguinte, Agostinho Neto, primeiro presidente do país, anunciou: “diante de África e do mundo proclamo a Independência de Angola”.
Hoje, é possível ver os reflexos. Os angolanos são felizes, são festivos, são livres. Em meio a este cenário de alegria, eles também sabem ser hospitaleiros. Para os turistas, pode ser a oportunidade de uma experiência também cheia de bons momentos e diversão, além de surpresas pelo caminhos, com destaque para as belezas naturais, que encantam – e até hipnotizam – quem os visita.
Para os brasileiros, algumas facilidades deixam o destino ainda mais atrativo. Um deles é o idioma e, assim como os brasileiros, os angolanos falam português. Alguns dialetos geralmente são mais utilizados em comunidades indígenas e tribos locais. Outra vantagem é que, desde 2023, os brasileiros não precisam de visto para entrar no país africano, desburocratizando o processo de entrada no país.
Além disso, a moeda local é o kwanza, desvalorizada em relação ao real e, por isso, alguns souvenires podem sair bem em conta. Contudo, uma dica de ouro: leve dinheiro físico. Muitos equipamentos sofrem com algumas limitações de bandeiras de cartão e ainda não se aceita pagamento por aproximação, além de facilitar com compras desejadas a beira da estrada.
O país é formado por 18 províncias, sendo Luanda, a capital do país, uma das mais desenvolvidas e a principal porta de entrada para os turistas internacionais. Antes de encerrar 2024, um novo terminal aeroportuário teve suas operações iniciadas: o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN). O novo aeroporto – com investimento estimado em US$ 3 bilhões – pode receber até 15 milhões de passageiros por ano, o que representa até cinco vezes mais que seu antecessor, o Aeroporto 4 de Fevereiro.
A Taag Linhas Aéreas Angolanas é a principal companhia do país africano e conecta o destino com o Brasil. Atualmente, são cinco frequências semanais operadas entre Guarulhos (SP) e Luanda pela empresa, que está ampliando sua frota e anunciou 15 novas aeronaves que já começaram a ser entregues e devem estar em operação até o fim deste ano.
Os voos decolam no início da noite de São Paulo, às 18h15, e chegam em Luanda cedo, às 6h30 (horário local, considerando o acréscimo de 4 horas frente ao horário de Brasília), totalizando um pouco mais de 8 horas de voo. Com 293 assentos, as aeronaves oferecem aos passageiros as categorias Econômicas, Executivas e Primeira Classe.
Para uma viagem ainda mais agradável e relaxante, a Executiva já apresenta conforto e atendimento de qualidade, incluindo frisante como welcome drink e boas opções em seu cardápio, como frango, carne ou peixe para o jantar e omelete ou bolo de banana para o café da manhã. Além disso, os passageiros recebem uma necessaire com kit de higiene pessoal e autocuidado, como creme para as mãos e lipbalm.
Após o voo, em que o passageiro pode dormir tranquilamente em uma poltrona que reclina 180º – principalmente se optar por um dos chás oferecidos pelos comissários de bordo -, ele está pronto para se aventurar e descobrir todos os tesouros, segredos, histórias, tradições e sorrisos que só a Angola sabe proporcionar.
Para esta aventura, nada melhor do que estar acompanhado dos especialistas na região e, para isso, a Secret Angola está à disposição. A DMC oferece roteiros pelas províncias angolanas com guias que se mostram verdadeiras enciclopédias humanas quando o assunto é história e tradição. Por meio de suas orientações e explicações, também é possível descobrir os sabores que a Angola pode oferecer, como a múcua, fruto do baobá, árvore facilmente encontrada no país e símbolo angolano.
Que tal descobrir um pouco de toda essa aventura e torná-la uma opção de roteiro para os clientes? Confira os destaques de quatro importantes províncias de Angola: Luanda, Malanje, Lubango e Namibe.
Luanda: capital de valor
Visitar Luanda é embarcar em uma jornada pela história, cultura e natureza de Angola. A cidade, com seu espírito vibrante, é um reflexo de séculos de transformações, marcada pela presença portuguesa, pelas tradições locais e por um horizonte moderno que cresce a cada dia.
Um claro exemplo claro dessa modernização está na hotelaria, que consegue oferecer autênticos serviços cinco estrelas no coração de Angola. O Epic Sana é um destes hotéis. Com uma estrutura que combina elegância e funcionalidade, o Epic Sana Luanda oferece 288 quartos e suítes, incluindo três luxuosas Suítes Presidenciais. Para estadias prolongadas, o hotel disponibiliza 50 residências espaçosas, com opções de um ou dois quartos e acesso exclusivo por elevador privado.
A experiência gastronômica é um dos destaques, com quatro restaurantes – Terrakota, Origami, Vitrúvio e Kimera – que prometem agradar aos paladares mais exigentes com as pratos internacionais. Para completar, os bares Kosmopolis e Switch Supper Club são perfeitos para desfrutar de um cocktail em um ambiente sofisticado. Para eventos, o Centro de Conferências e Eventos do hotel conta com dois pisos, nove salas de reuniões e uma área de exposições com entrada privada, ideal para encontros corporativos e celebrações especiais.
O Intercontinental Luanda Miramar é outra alternativa cinco estrelas. O empreendimento é uma das opções mais recentes de hospedagem, com apenas três anos de atuação. Com 322 quartos disponíveis para comercialização – que vão desde a opção Standard até a presidencial. No restaurante principal (aberto para hóspedes e não-hóspedes), as opções são inúmeras e carregam características regionais e internacionais.
Outra hospedagem que não deixa a desejar é o Continental Horizonte. Com excelentes profissionais que estão sempre com um sorriso no rosto e pronto para auxiliar em qualquer ocasião, o hotel tem quartos confortáveis e duchas excelentes para aqueles viajantes que apreciam um banho relaxante. O café da manhã é para todos os gostos. Tem de tudo, incluindo preparos na hora de omeletes com ingredientes a serem escolhidos pelos hóspedes.
Após uma boa quebra de jejum, é hora de explorar a Angola. E é na Baía de Luanda, onde a cidade parece respirar. A brisa vinda do Atlântico, a linha de palmeiras e o movimento contínuo de pessoas criam um cenário único. Caminhar pela orla, com o sol se pondo e refletindo nas águas calmas, é uma experiência que pode conectar o visitante à alma da cidade. É ali que Luanda mostra seu lado contemporâneo, com restaurantes, bares e espaços para encontros que tornam a baía o verdadeiro coração social da capital.
Mais ao centro, o Palácio de Ferro chama atenção. A estrutura, projetada com um estilo que remete ao gênio de Gustave Eiffel, parece deslocada em meio ao calor africano, mas guarda um charme irresistível. Feito de ferro ornamentado e trazido da Europa no século XIX, o edifício é um lembrete tangível dos tempos coloniais e da ambição de modernização. Hoje, é palco de exposições e eventos culturais, uma ponte entre passado e presente.
Seguindo adiante, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, uma construção simples, mas carregada de história. Construída no início do século XVII, a igreja resistiu ao tempo e permanece como um refúgio da espiritualidade. Entrar em seu interior é como se transportar para um momento onde a fé desempenha um papel central na vida de quem aqui vivia.
A poucos passos dali, a Rua dos Mercadores surge como um contraste interessante. Antigo centro comercial da cidade, suas calçadas estreitas e os edifícios coloridos mantém uma atmosfera quase intocada. Imaginar como era o comércio ali nos tempos coloniais, com as trocas de produtos europeus e africanos, traz um sentimento de nostalgia. Hoje, a rua ainda pulsa com lojas e pequenos negócios, mantendo sua essência vibrante.
Em um ritmo diferente, o Instituto Guimarães Rosa, que beira a Rua dos Mercadores, se destaca como um espaço de conexão entre Angola e Brasil. Dedicado à promoção da língua portuguesa e da cultura lusófona, o instituto é uma parada obrigatória para quem deseja mergulhar nas raízes culturais compartilhadas. O ambiente acolhedor convida à reflexão e ao aprendizado, sempre com um toque de poesia e literatura.
Por falar em acolhedor, há um local em que os olhos são cheios de carinho e que não pode deixar de estar em um roteiro: a Fundação Arte e Cultura, na Ilha de Luanda. A instituição dedica-se a promover o trabalho social através da arte, apoiando artistas locais e desenvolvendo atividades de inclusão social.
O centro educacional oferece diversos tipos de cursos artísticos e profissionais, como de música, informática, corte e cultura, dança e alfabetização. Além disso, trabalhos realizados por artesãs e costureiras locais são vendidos com a autêntica assinatura africana em cada ponto feito pelas agulhas.
Outro importante local de visita é a Fortaleza de São Miguel, que se revelou imponente no alto de uma colina. Construída em 1576, foi mais do que um ponto de defesa para os colonizadores; foi também um símbolo de poder e estratégia. Daqui, a vista da cidade e do oceano é de tirar o fôlego, um verdadeiro presente para quem gosta de fotografia ou apenas de momentos contemplativos.
A partir de Luanda, também é possível ter uma autêntica experiência de Safári no Parque Nacional do Quiçama. A cerca de duas horas da capital, o parque é um paraíso natural onde elefantes, zebras, guinus e antílopes vivem em harmonia com a paisagem. Ver esses animais em seu habitat é uma experiência transformadora, um lembrete da importância da preservação e do equilíbrio entre homem e natureza.
Malanje: história inabalada
Viajar por Malanje é adentrar um cenário que mistura tradição, cultura e paisagens naturais impressionantes. Localizada no coração de Angola, a província é conhecida por sua riqueza histórica e por suas belezas naturais que encantam qualquer visitante. Ao longo de suas estradas, vilas pacatas e campos verdes se revelam como portais para uma Angola profunda, onde o passado e o presente convivem em harmonia.
Ao caminhar por suas terras, é impossível não perceber a influência das raízes culturais dos povos locais. Malanje é também um local de celebração, com suas festas e danças tradicionais que vibram em cada canto, revelando a essência do povo angolano. Mas é na natureza que a província realmente se destaca, apresentando alguns dos cenários mais emblemáticos do país.
De vastas planícies a formações geológicas únicas, Malanje não é apenas um destino, mas uma experiência que conecta o viajante à terra. Seja explorando suas vilas ou contemplando suas maravilhas naturais, a província convida a descobrir uma Angola rica e cheia de surpresas, como as Pedras Negras de Pungo Andongo e as Quedas de Calandula.
Ao nos aproximarmos das Pedras Negras de Pungo Andongo, é difícil não sentir um arrepio de admiração. As gigantescas formações rochosas, que se erguem do solo como sentinelas milenares, dominam a paisagem com uma imponência única. Conhecidas como “Pedras Negras”, essas estruturas carregam lendas que atravessam gerações, sendo associadas a Rainha Ginga, uma das figuras mais emblemáticas da história angolana. Dizem que foi aqui que a rainha buscou refúgio e planejou estratégias durante suas lutas contra os colonizadores.
Caminhar entre essas rochas é como adentrar uma galeria de arte natural. Suas formas irregulares, moldadas pela ação do vento e da chuva ao longo de séculos, criam imagens que despertam a imaginação. Algumas parecem esculturas de animais, enquanto outras lembram figuras humanas, como se fossem guardiões de segredos ancestrais. O silêncio do local é interrompido apenas pelo vento, que sopra suave, como se sussurrasse histórias do passado.
A vista do alto das pedras é um espetáculo à parte. De lá, é possível contemplar a vasta planície que se estende ao redor, pontilhada por aldeias e pequenos rios. A paisagem parece infinita, como se convidasse o viajante a refletir sobre a grandiosidade do mundo e a pequenez do ser humano diante da natureza.
Para os moradores, o local é sagrado e, por isso, eles constroem pequenas torres de pedras para cada pedido que desejam que seja realizado. Para os visitantes, também é o convite a refletir sobre seus pedidos e deixar uma pequena construção de rochas no emblemático cartão-postal.
Cada passo da pequena trilha de aproximadamente 15 minutos é recompensado pela sensação de estar em um lugar único, onde a história, a geologia e a espiritualidade se entrelaçam de maneira quase mágica. As Pedras Negras de Pungo Andongo não são apenas um destino, mas um portal para o coração de Angola.
E para transmitir a força e a serenidade da natureza, as Quedas de Calandula. Situadas em meio a um cenário exuberante, as quedas d’água despencam de uma altura impressionante, criando uma cortina branca que se mistura ao verde das florestas ao redor. É impossível não sentir o poder do lugar assim que se chega, com o som ensurdecedor das águas ecoando como uma sinfonia natural.
Aproximar-se das quedas é uma experiência sensorial completa. A brisa carregada de pequenas gotas d’água refresca o rosto enquanto o cheiro de terra molhada preenche o ar. De diferentes ângulos, cada perspectiva das quedas oferece um novo encantamento: ora parece um véu delicado, ora um rugido incontrolável. Para quem busca contemplação, há pontos de observação que permitem apreciar a grandiosidade das quedas em toda sua plenitude.
As Quedas de Calandula são um convite para se reconectar com a natureza em sua forma mais pura. Elas não apenas impressionam por sua beleza, mas também pela sensação de paz que transmitem. Diante delas, o tempo parece desacelerar, permitindo que o viajante se perca em pensamentos enquanto aprecia um dos tesouros mais preciosos de Angola.
Localizada próximo às célebres Quedas de Calandula, a Pousada Calandula oferece uma experiência singular para os visitantes que buscam desfrutar da beleza natural da região com comodidade. Além de acomodações confortáveis, o local possibilita camping em áreas planas, permitindo que os hóspedes montem suas próprias tendas, tornando a estadia mais flexível e acessível.
Em constante aprimoramento, a pousada passa por melhorias em suas instalações, como renovação da decoração dos quartos, atualização do sistema de refrigeração para lidar com a alta umidade e a substituição de janelas e mobiliário, garantindo maior conforto aos visitantes.
A localização privilegiada permite uma imersão na natureza e na cultura local, com atividades como trilhas ecológicas, banhos em piscinas naturais, noites ao redor da fogueira com milho e batata-doce assados, além de apresentações culturais, como serenatas. As diárias incluem café da manhã, com a opção de jantar incluso. O cardápio também contempla saladas e chás para os que preferem refeições leves.
Contudo, para um autêntico sabor angolano com produções próprias, o Hotel Kahombo é o local. O empreendimento – que possui sua própria pista de pouso de 1,7 quilômetro – proporciona aos hóspedes a prática de esportes náuticos, como passeios de moto de água, caiaque e pesca, em uma das represas da propriedade. Para os amantes de caminhadas, os diversos quilômetros de trilhas são um convite ao trekking. Já os que preferem momentos de contemplação podem desfrutar do birdwatching, uma experiência rica para observar a avifauna local.
Com um ambiente marcado pelo silêncio da natureza, o Hotel Kahombo é ideal para relaxamento e também para a realização de pequenas reuniões e encontros, sejam eles profissionais, espirituais ou recreativos. Uma equipe qualificada está sempre pronta para oferecer um atendimento acolhedor e garantir uma estadia memorável, com toda a infraestrutura necessária para atender às expectativas dos visitantes.
Lubango: natureza esplendorosa
Explorar Lubango é como percorrer um cenário onde a modernidade se mistura à tradição e a natureza exuberante desafia os limites da imaginação. Cercada por montanhas imponentes e vales profundos, a cidade é um convite a se perder entre ruas tranquilas e horizontes infinitos. Suas raízes coloniais portuguesas aparecem em cada detalhe, mas é o calor humano do povo local que transforma a visita em uma experiência inesquecível. Aqui, os dias começam com a luz suave banhando as montanhas e terminam com o pôr do sol tingindo os céus de tons dourados, revelando uma conexão profunda entre o homem e a paisagem.
No coração da cidade, o Mercado Municipal de Lubango pulsa com vida. Entre barracas de frutas frescas, especiarias e artesanato, encontra-se o verdadeiro espírito da cidade, onde o passado e o presente se encontram em cada conversa animada entre os vendedores e visitantes. A atmosfera vibrante é um reflexo da riqueza cultural de Lubango, e basta uma caminhada por seus corredores para sentir-se parte dessa dinâmica rotina. É um lugar onde cheiros, cores e histórias se misturam em perfeita harmonia.
Seguindo pela estrada que serpenteia as montanhas, a Fenda de Tundavala se revela como um espetáculo da natureza. A vista do alto, de um abismo que parece infinito, é de tirar o fôlego. O vento, carregado de histórias antigas, sussurra enquanto os olhos percorrem a vastidão de vales e planícies que se estendem até onde a vista alcança. Cada passo próximo à borda desperta tanto admiração quanto respeito pela força da natureza, e é impossível não se sentir pequeno diante de tamanha grandiosidade. No pôr do sol, a paisagem ganha tons dourados e laranjas, criando um espetáculo que parece saído de um quadro.
De volta à cidade, o Cristo Rei ergue-se em sua serenidade, um marco que não apenas abençoa Lubango, mas também proporciona uma vista inesquecível da região. Em poucos minutos, é possível alcançar outro símbolo icônico, o letreiro de Lubango, que domina o cenário montanhoso como um emblema da identidade local e rende fotos memoráveis.
O Alto Bimbe, por sua vez, é uma celebração à natureza em sua forma mais pura. Ao chegar ao topo, o silêncio se torna quase reverente, interrompido apenas pelo som suave do vento e do canto dos pássaros. O horizonte parece infinito, com montanhas, vales e rios compondo um mosaico que reflete a beleza intocada da região. É o tipo de lugar que inspira contemplação e uma conexão profunda com o mundo natural. Cada passo pelo terreno acidentado é uma lembrança de que a jornada é tão importante quanto o destino, especialmente ao observar o céu estrelado quando a noite cai.
Em outra parte da região, o encontro com a tribo Mumuila é um momento que transcende a simples visitação turística. As mulheres Mumuila, com suas vestes tradicionais e adornos coloridos, são um testemunho vivo de uma herança cultural que resiste ao tempo. Ouvir suas histórias e observar seu modo de vida é um convite a compreender um pouco mais da diversidade que torna Angola tão especial. É uma experiência enriquecedora que vai além das palavras, marcando o viajante de maneira única.
Para um mergulho na história e nas tradições locais, o Museu Regional de Huíla. Suas exposições, cuidadosamente organizadas, revelam detalhes sobre a vida, a cultura e a evolução da região ao longo dos séculos. É o lugar ideal para encerrar a passagem por Lubango, levando na memória não apenas as paisagens deslumbrantes, mas também a riqueza humana e cultural que fazem desta cidade um destino tão inesquecível.
Para conhecer todos os atrativos, é importante estar com uma hospedagem bem localizada. Uma ótima opção é o Casper Lodge, um retiro boutique de luxo localizado na cidade de Lubango, oferece uma experiência incomparável para quem busca sofisticação e contato com a natureza. O resort está situado na província da Huíla, perto de monumentos naturais deslumbrantes, incluindo ainda as Cavernas de Tchivinguiro, as Cascata da Hungueria, e, claro, a Serra da Leba.
A Serra da Leba é um dos destinos mais icônicos de Angola, conhecida pela sua beleza deslumbrante que atravessa a montanha. A estrada é um marco histórico e arquitetônico, com curvas acentuadas e uma descida íngreme que oferece uma das mais belas vistas do país. Ao longo do trajeto, é possível apreciar a vegetação típica da região, além de vislumbrar a imensidão do vale e das montanhas ao redor.
Não só um ponto de passagem, é um espaço para atividades como trilhas, caminhadas e passeios de carro, permitindo aos visitantes explorar as paisagens e o horizonte angolano. É uma passagem indispensável para quem visita Lubango.
Namibe: a beleza está no contraste
Namibe, com sua localização à beira do Oceano Atlântico, revela-se como uma joia do deserto angolano, onde as dunas douradas encontram o azul profundo do mar. A cidade, com seu clima quente e seco, é um convite ao relaxamento, mas também ao fascínio pelas paisagens únicas que combina.
Suas praias, selvagens e intocadas, são recantos de tranquilidade, onde o som das ondas se mistura com o vento que sopra do deserto. Caminhar por suas ruas tranquilas é como viajar no tempo, sentindo o peso da história, enquanto a modernidade começa a se fazer presente em suas construções. Namibe é um lugar onde as forças naturais se encontram, criando uma harmonia rara e cativante entre o mar e o deserto, e é o ponto de partida perfeito para descobrir a imensidão e a diversidade que a região oferece.
No horizonte, o Farol de Namibe, com sua estrutura imponente, se destaca como um guardião da costa. Construído no início do século 20, esse farol tem sido crucial para orientar os navegantes que cruzam o Atlântico. É um símbolo da resiliência e da importância estratégica da cidade. Erguido com pedras resistentes, o farol tem uma presença marcante na paisagem, contrastando com a vastidão do deserto ao seu redor.
Ao visitar esse marco histórico, é possível sentir a energia de uma época que perdura e, ao mesmo tempo, a sensação de conexão com o mar, cujas águas parecem eternamente se renovar sob a luz do farol. Ali, o passado e o presente se encontram de maneira profunda e única, convidando os visitantes a refletirem sobre a importância da navegação, do comércio e da história de Namibe.
Em direção ao interior, o Rio Giraú surge como um oásis que se estende até o mar, em um encontro entre as águas doces e salgadas. Esse rio, que serpenteia pelas terras áridas antes de se lançar no oceano, cria uma paisagem fascinante. À medida que o Giraú se aproxima da costa, suas águas se misturam com as do mar, criando uma linha tênue entre os dois mundos.
As margens do rio são pontilhadas por vegetação, um contraste vívido com o ambiente seco do deserto ao redor. À beira do Giraú, a fauna local encontra um refúgio, e a vegetação ao longo de suas águas revela o frescor de um ecossistema que, embora insustentável em outras partes da região, floresce ali. O vento, vindo do mar, suaviza o calor do deserto, e a paisagem cria uma sensação de harmonia, onde a água e a terra se unem em perfeita convivência.
No entanto, é no encontro da areia úmida com o mar do Parque Nacional de Iona que emerge um dos maiores tesouros naturais de Angola. O parque oferece uma diversidade de paisagens que vão do árido ao exuberante. Sua proximidade com o mar confere ao lugar um contraste espetacular: o frescor dos ventos que vêm da costa se mistura com a aridez do deserto, criando uma atmosfera única e refrescante.
Ao explorar o parque, é possível testemunhar a presença de focas, que se acomodam nas pedras à beira do mar, tomando sol enquanto observam o movimento do oceano. Esse espetáculo natural, no qual a fauna marinha encontra o deserto, é uma das imagens mais emblemáticas de Iona, um lembrete da incrível capacidade da natureza de prosperar, mesmo nos ambientes mais inóspitos. A cena é, sem dúvida, uma das mais surpreendentes de toda a região, com os animais vivendo em um equilíbrio perfeito entre o mar e a terra.
À medida que se adentra o Parque Nacional de Iona, a vastidão do deserto se torna ainda mais imponente. As dunas de areia dourada – perfeitas para serem exploradas em um 4×4 -, que parecem se fundir com o céu sem fim, criam um cenário surreal e majestoso. O parque, que é praticamente intocado, oferece uma sensação de isolamento e paz, permitindo aos visitantes vivenciar a natureza em seu estado mais puro.
Os ventos que sopram do mar não só refrescam a região, mas também reforçam a ideia de que ali, no meio do deserto, a vida ainda persiste, de maneira sutil, mas firme. Iona é o local ideal para quem deseja se desconectar do mundo moderno e experimentar um tipo de tranquilidade que só um ambiente natural e quase inexplorado pode proporcionar.
Mais ao sul, o Lago dos Arcos surge como uma verdadeira joia escondida. Cercado por formações rochosas e vegetação esparsa, o lago se apresenta como um oásis de tranquilidade, com suas águas claras e refrescantes contrastando com o calor intenso que domina a região. A paisagem ao redor do lago é quase mística, com as rochas ao seu redor criando um cenário que parece saído de um conto antigo.
O silêncio no local é profundo, interrompido apenas pelo suave som das águas e pelo vento que passa pelas árvores. O Lago dos Arcos é um refúgio de paz, um lugar onde se pode respirar a pureza do ambiente e sentir a conexão profunda com a natureza ao redor. Quem visita o lago se depara com uma sensação de serenidade que é difícil de encontrar em outro lugar, tornando-o um dos destinos mais especiais de Namibe e da região sul de Angola.
Operadoras especialistas na Angola
Angola deu um passo significativo para consolidar-se como destino turístico estratégico e inovador com a realização do primeiro famtour entre o país e o Brasil, promovido pela Taag e pela Secret Angola, entre os dias 13 e 23 de novembro. Com a presença de operadores de destaque do mercado brasileiro, incluindo Daniela Yoneya (Agaxtur), Eduardo Barbosa (Flot Operadora) e Lígia Sato (Queensberry), o evento tem como objetivo destacar o vasto potencial turístico do país e estreitar laços entre os dois mercados.
O famtour foi a oportunidade para os operadores conhecerem as belezas naturais e culturais de Angola, com visitas a todos os destinos icônicos citados, além de experiências exclusivas, como aprender a tocar dikanza. Ao longo de dez dias, os participantes exploraram o que o país tem de melhor para oferecer e a infraestrutura oferecida para incluir o destino em seus pacotes.
Com a participação exclusiva do Brasilturis Jornal, que acompanhou o dia a dia do grupo convidado, o famtour foi um marco no fortalecimento do turismo entre Brasil e Angola. O evento não só promoveu o país como destino turístico, mas também mostrou as oportunidades de investimento no setor. A parceria entre a Taag e a Secret Angola promete resultados positivos, não só no desenvolvimento do Turismo, mas também na construção de um futuro mais conectado entre os dois países.
Confira o depoimentos dos operadores participantes:
Eduardo Barbosa, presidente da Flot Operadora
“Angola sempre esteve na minha lista de desejos. Quando surgiu o convite para esse famtour, fiquei muito contente, pois acreditava que seria uma experiência interessante e gosto de ser um dos pioneiros no desenvolvimento de um destino ainda pouco explorado no Brasil. O que vi aqui superou minhas expectativas. A parte cultural é incrível e a infraestrutura, especialmente em Luanda, está muito bem estruturada. Estou planejando oferecer pacotes de uma semana combinando Luanda, Lubango e Namibe, e acredito que esse destino é perfeito para clientes mais exploradores. Para melhorar, vejo a necessidade de treinamento de guias e motoristas para padronizar o serviço, além de ajustes em segurança e transporte. Em 2025, com a parceria da Taag, vamos lançar o produto Angola, com parcelamento das passagens aéreas e terrestres em até dez vezes, facilitando o acesso ao destino para os brasileiros.”
Lígia Sato, executiva de Produtos da Queensberry
“Angola me surpreendeu de diversas maneiras, especialmente pelas suas belezas naturais. A paisagem do deserto contrastando com o mar foi, sem dúvida, a minha favorita. Além disso, a simpatia do povo local, que nos aproxima por falar o mesmo idioma, torna a experiência ainda mais especial. Angola já faz parte do nosso portfólio de produtos para os viajantes que buscam desbravar um novo destino turístico. Para tornar o destino ainda mais atrativo, seria interessante investir em mais acessibilidade às atrações, melhorar a infraestrutura local e oferecer mais opções de acomodação, o que certamente tornaria Angola ainda mais vendável.”
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