Início Notícias Aviação CEO da Latam comenta fusão entre Azul e Gol: “Muito cedo para...

CEO da Latam comenta fusão entre Azul e Gol: “Muito cedo para avaliar”

0
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, acredita que o Cade vai fazer uma análise aprofundada dessa proposta e vai propor medidas de mitigação. Foto: Rafael Destro (Brasilturis)

Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil, voltou a falar sobre a possível fusão da Gol e Azul. Durante coletiva de resultados do quarto trimestre de 2024, o CEO foi questionado sobre a possível união das companhias e respondeu que ainda é cedo para qualquer avaliação sobre a possível fusão entre Azul e Gol no mercado brasileiro.

O executivo comentou a proposta de combinação de negócios entre as companhias e ressaltou que o Memorando de Entendimento (MOU) divulgado recentemente ainda é genérico e incerto. “Esse MOU que foi divulgado há duas semanas é muito genérico e ele não vai vir. Então, muita coisa pode acontecer”, afirmou Cadier.

Para o CEO da Latam, não estão claros os detalhes da fusão nem as medidas de mitigação que Azul e Gol poderiam adotar para garantir a competitividade do setor. Ele destaca que, caso a fusão ocorra, a nova empresa poderia controlar 60% do mercado brasileiro, o que teria um impacto significativo em um dos maiores mercados da aviação mundial.

“É óbvio que é uma combinação de negócios de grande tamanho. Essa fusão criaria eventualmente um player com 60% do mercado brasileiro, que é o quarto maior mercado da aviação do mundo”, pontuou.

Cadier lembrou que fusões similares em mercados menores já foram rejeitadas por órgãos reguladores em outros países e acredita que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fará uma análise detalhada da proposta.

“A gente tem certeza que o Cade vai fazer uma análise aprofundada dessa proposta e vai propor medidas de mitigação. E é fundamental entender que essas medidas têm que buscar preservar a competitividade do mercado brasileiro”, afirmou.

O CEO da Latam também ressaltou a importância de manter um mercado competitivo, evitando impactos negativos para os passageiros, como menos opções de voos, tarifas mais altas e menor crescimento do setor.

“O que a gente não quer é um mercado mais concentrado, com menos opções para os passageiros, preços mais altos e menor crescimento. É isso que temos que evitar”, destacou.

Por fim, Cadier afirmou que o processo ainda está em estágios iniciais e que muitas mudanças podem ocorrer ao longo do ano antes de qualquer definição sobre a fusão. “Tenho certeza que o Cade sempre foi muito técnico e vai fazer uma recomendação ponderada sobre os efeitos que essa combinação de negócios pode ter”, concluiu.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile