O Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez, em Santiago, registrou um fluxo recorde de 25 milhões de passageiros em 2024, superando os números pré-pandemia. O desempenho reflete a recuperação do setor turístico chileno, que ultrapassou a marca de 4 milhões de visitantes internacionais no ano. “É um marco e um exemplo claro da recuperação econômica que vivemos”, afirma Verónica Pardo, subsecretária de Turismo do Chile.
O crescimento do turismo acompanha investimentos em infraestrutura, com a modernização dos terminais Internacional e Nacional prevista para 2025. As obras devem ampliar a capacidade de atendimento e tornar mais eficiente o processo de entrada de viajantes. Além disso, os serviços públicos foram reforçados para garantir uma experiência aprimorada aos turistas. “Este esforço não só fortalece a posição do Chile como destino turístico competitivo, mas também melhora a economia nacional, gerando emprego e dinamismo em toda a cadeia de valor do turismo”, ressalta Verônica.
Outro fator positivo para o setor foi o aumento da média de permanência dos visitantes, que passou de 11,7 noites em 2019 para 13,5 noites em 2023. No entanto, o desafio da indústria agora é ampliar o gasto per capita dos turistas.
A subsecretária chamou atenção para a chamada “armadilha mundial do volume”, um fenômeno que impacta globalmente o turismo. Segundo Pardo, o Chile precisa focar em um turismo com maior valor agregado, promovendo experiências diferenciadas e sustentáveis, como o enoturismo, o turismo de aventura e o turismo cultural. “Em minha avaliação, o turismo deve trabalhar para ser protagonista em uma indústria capaz de ser uma ponte entre culturas, um motor de desenvolvimento econômico e uma plataforma de preservação ambiental. Além disso, estamos concentrando os esforços de promoção internacional em mercados com maiores gastos, como o Brasil, os Estados Unidos e a Europa”, destaca.
