A Disney segue com uma estratégia cautelosa para a comercialização do Lightning Lane Premier Pass, produto que permite aos visitantes dos parques temáticos acessarem a fila rápida de todas as atrações uma vez por dia. Embora tenha sido lançado em outubro de 2024 exclusivamente para hóspedes de determinados hotéis, o passe agora está disponível para qualquer visitante. No entanto, os clientes que se hospedam em resorts Disney – além dos hotéis Swan, Swan Reserve, Dolphin e Shades of Green – ainda têm prioridade na compra, podendo adquiri-lo com até sete dias de antecedência. Para os demais visitantes, as vendas abrem apenas três dias antes da visita, sujeito à disponibilidade.

Com estoques limitados, quem se hospeda fora dos hotéis parceiros pode enfrentar dificuldades para garantir o passe, que tem grande demanda. Os preços variam conforme o parque e a data da visita. Em fevereiro, os valores no Walt Disney World Resort oscilam entre US$ 119 e US$ 399 por pessoa, enquanto no Disneyland Resort, na Califórnia, a tarifa fica entre US$ 300 e US$ 400.

Estratégia de crescimento gradual

Durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre fiscal da Disney, o CFO Hugh Johnston ressaltou que a empresa adota um posicionamento cauteloso em relação ao Premier Pass.

“Lembrem-se de que é um produto premium”, afirmou Johnston. “Ainda estamos aprendendo a usá-lo, então estamos comercializando de forma muito cautelosa. Está alinhado com nossas expectativas, mas estamos avançando lentamente para garantir uma experiência excelente tanto para os compradores do Lightning Lane quanto para os demais visitantes do parque.”

Além do Premier Pass, a Disney oferece outras opções para reduzir o tempo de espera em atrações específicas, permitindo que os visitantes escolham horários definidos para o uso.

Resultados da Disney Experiences

O segmento Disney Experiences, que inclui parques temáticos, hotéis e a Disney Cruise Line, registrou um crescimento de 3% na receita no primeiro trimestre fiscal, totalizando US$ 9,42 bilhões. O lucro operacional manteve-se estável em US$ 3,11 bilhões. Segundo Johnston, os números representam “um ótimo começo” para o ano fiscal de 2025.

Os resultados foram impactados por eventos climáticos, como os furacões Milton e Helene, que geraram um prejuízo estimado em US$ 120 milhões. Além disso, a companhia teve um custo único de US$ 75 milhões em despesas pré-operacionais para o Disney Treasure, navio que começou a operar em dezembro.

Apesar do crescimento global, o lucro operacional das operações domésticas da Disney caiu 5%, enquanto as operações internacionais apresentaram um aumento de 28%.

Expansão e celebrações

Este ano, a Disney celebra datas importantes, como os 70 anos da Disneyland, em maio, e os 20 anos da Hong Kong Disneyland. Na divisão de cruzeiros, duas novas embarcações serão inauguradas no fim do ano: o Disney Destiny, que estreia em novembro em Fort Lauderdale, e o Disney Adventure, previsto para dezembro em Singapura.

Johnston destacou que o Disney Treasure teve um início “espetacular”, com alta procura por reservas. A expectativa da empresa é que o navio seja lucrativo já nos três primeiros meses de operação.