Criar eventos inesquecíveis vai muito além de uma boa execução logística. Para Lorys Aleixo, coordenadora sênior de Brand do iFood, a chave do sucesso está na experiência do participante. Durante sua palestra no Lacte 20, evento realizado pela Alagev em São Paulo, ela destacou como a personalização, a imersão e a conexão emocional são essenciais para o impacto de uma marca.
“Quando fazemos um evento, temos a preocupação de encantar a pessoa que está ali. Queremos que ela se pergunte se veio a trabalho ou para se divertir”, afirmou Lorys.
A experiência começa antes do evento
Segundo Lorys Aleixo, um evento marcante não começa apenas no dia da ativação. O impacto deve ser construído com antecedência, criando um envolvimento gradual com os participantes. Ela citou como exemplo sua experiência na Concentrix, onde era responsável por eventos corporativos que iam muito além das cerimônias tradicionais.
“Nosso objetivo era garantir que a primeira chegada e o primeiro contato com a empresa fossem de contentamento. Para isso, personalizávamos tudo. Se a marca era roxa, envolvíamos o espaço com essa cor – tapetes, balões, até os tablets distribuídos no lugar de canetas, pois a marca era de tecnologia. O participante precisava se sentir em casa.”
Além do aspecto visual, a experiência era construída de forma contínua. No evento global da Concentrix para os melhores talentos, essa imersão começava muito antes da premiação. “Criávamos um cronograma para que as pessoas trouxessem seus cases de sucesso. Desde a carta que informava que o profissional havia sido premiado até a viagem para Cancún, tudo era pensado para garantir a melhor experiência da vida dessa pessoa”, contou.
O cuidado com os detalhes era minucioso. Na premiação de melhores funcionários, que garantia viagens internacionais, o foco era a experiência. “Desde o momento em que o premiado entrava no avião, havia um concierge para recebê-lo. No quarto do hotel, um welcome kit o aguardava. Cada detalhe criava encantamento e entretenimento, tornando a experiência inesquecível.”
O desafio de criar experiências no digital
Ao migrar para o iFood, Aleixo se deparou com outro desafio: como traduzir essa experiência para o ambiente digital. No comando do live commerce da marca, seu foco passou a ser o envolvimento do consumidor.
“O iFood já tem um produto vendável, mas o que faltava era um gatilho emocional. Quando falamos de experiência de marca, precisamos de um estímulo que gere conexão”, explicou.
O desafio era fazer com que o consumidor enxergasse o iFood não apenas como um aplicativo de delivery, mas como um facilitador de experiências. “Pedir comida pelo iFood já é algo natural, mas poucos pedem supermercado pelo app. Eu precisava criar essa experiência, mostrar isso dentro do entretenimento.”
A solução foi levar a vivência para dentro das transmissões ao vivo. “Selecionávamos clientes para experimentarem o serviço ao longo da live, trazendo o aspecto humano para a experiência digital. Isso cria um vínculo afetivo com a marca.”
Lacte 20 traz inovação e ativação de marca nos eventos
Para Lorys, a ativação de um evento não deve se limitar ao seu período de realização. O envolvimento começa meses antes e deve ser mantido mesmo após o encerramento.
“Hoje, quando fazemos uma ativação de marca, começamos a contar essa história quatro meses antes. Se o iFood é patrocinador do Carnaval de rua, por exemplo, precisamos comunicar isso com antecedência para criar conexão com o público”, explicou.
A inovação também tem papel fundamental na experiência do participante. “Quando ativamos um evento, pensamos em como trazer novidades para o estande. Como podemos envolver as pessoas e fazer com que interajam com a marca de maneira orgânica e marcante?”
O segredo, segundo Aleixo, está na conexão humana. “No fim das contas, a grande experiência são as pessoas. O que realmente importa é garantir que cada participante tenha a melhor vivência possível com a marca. Quando a gente vai criar um evento, precisamos pensar em garantir essa vivência do cliente com a marca e com o negócio”, finalizou
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