A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) anunciou que se reunirá com companhias aéreas domésticas nesta semana para negociar a redução temporária da programação de voos no Aeroporto Internacional de Newark, em Nova Jersey. A reunião começa nesta quarta-feira (15) e deve se estender até quinta-feira (16).
A proposta da agência prevê um limite de 28 partidas e 28 chegadas por hora até 15 de junho, data prevista para a reabertura de uma das pistas do aeroporto, atualmente em manutenção. De acordo com a FAA, o número atual de operações varia ao longo do dia conforme as condições meteorológicas, o nível de pessoal e a capacidade dos equipamentos. Na última segunda-feira (13), o aeroporto operou sob mais uma restrição, com decolagens limitadas a entre 20 e 28 por hora.
A partir da pausa nas obras da pista, a proposta da FAA é aumentar o teto para 34 pousos e 34 decolagens por hora até o fim de outubro. As mudanças afetam apenas voos domésticos; as operações internacionais seguem regidas por regras da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Desde abril, o aeroporto tem enfrentado interrupções frequentes. Segundo dados da FAA, Newark registrou em média 34 cancelamentos diários de voos desde o dia 15 daquele mês, com atrasos que chegam a 137 minutos no fim da tarde. Os problemas têm origem em falhas técnicas e na escassez de controladores aéreos. O centro TRACON da Filadélfia, responsável pela aproximação dos voos em Newark, opera com apenas 63% da equipe necessária.
Em resposta às dificuldades, a United Airlines — principal operadora em Newark — já reduziu sua programação em 35 voos por dia. Segundo o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, medidas estão sendo tomadas para garantir a segurança: “Temos redundâncias, múltiplas redundâncias em funcionamento. Mas devemos reconhecer que estamos vendo um sistema sob estresse e é hora de corrigi-lo”.