Há destinos que não apenas recebem visitantes, mas os acolhem como velhos conhecidos, com a gentileza de uma casa que se abre diante do frio da serra e oferece, ao mesmo tempo, cobertor e paisagem. Campos do Jordão – que completou 151 anos em abril – é um desses lugares.
Situada no ponto mais elevado do Brasil habitado permanentemente, a 1.628 metros acima do nível do mar, a cidade carrega em seus traços europeus — e na sua essência tipicamente brasileira — o charme de um refúgio que combina natureza exuberante, vocação hoteleira e uma surpreendente maturidade em sua gestão turística.
Ao longo de sua história, Campos construiu uma identidade singular. Durante décadas, atraiu famílias paulistas em busca do requinte serrano e do clima ameno. Atualmente, a cidade é mais do que um destino sazonal e elitizado, e se consolida como um produto turístico plural.
O destino iniciou 2025 com sinais claros de um novo ciclo. Agora sob nova gestão municipal e com metas mais ambiciosas, a cidade serrana se move para além de seu tradicional protagonismo no inverno e dá passos importantes rumo à internacionalização de sua imagem turística. Mais do que um refúgio de baixa temperatura, o lugar passa a ser apresentado como uma experiência de quatro estações, sustentada por um calendário robusto, novos atrativos e um reposicionamento cuidadoso de sua identidade cultural e enogastronômica.
De acordo com Fábio Izar, secretário de Turismo do município, o desempenho da última temporada de verão marca um ponto de virada. A cidade registrou, nos meses mais quentes, 60% do fluxo turístico normalmente observado no inverno – patamar que representa um crescimento superior a 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Esse número é extremamente relevante para um destino historicamente sazonal. Mostra que estamos conseguindo atrair visitantes com outros tipos de interesse e em outras épocas do ano, o que é essencial para a sustentabilidade do setor”, avalia Izar.
Para a alta temporada de inverno, no entanto, a expectativa é de um avanço mais comedido, entre 6% e 7%, especialmente em função das limitações físicas da cidade. “Já estamos próximos da nossa capacidade máxima em determinados períodos. Por isso, o crescimento agora precisa vir também pela qualificação da oferta e pelo estímulo a um turismo mais distribuído ao longo do ano”, complementa o secretário.
Esse novo posicionamento tem como base a diversificação dos produtos e a valorização do que Campos tem de mais autêntico. Atualmente, o portfólio turístico da cidade já reúne mais de 70 atrações formais, entre parques, museus, espaços culturais, vinícolas e experiências gastronômicas.
Desse total, cerca de 30 atrativos são parques naturais ou temáticos – nove dos quais inaugurados nos últimos cinco anos. A estratégia, segundo Izar, é ampliar as possibilidades de permanência e retorno. “Temos opções voltadas para todos os públicos – famílias, casais, viajantes em busca de natureza, bem-estar ou experiências sensoriais. Campos do Jordão já não é mais apenas um destino de inverno. É um destino completo.”
O poder do setor privado
O consórcio “Aproveite Campos do Jordão”, formado por cerca de 25 empresários locais, vem desempenhando um papel central na profissionalização da promoção turística da cidade. Sob a liderança de Marcelo Richtmann, o grupo busca consolidar a imagem de Campos do Jordão como destino nacional de relevância, atuando em parceria com o poder público e a Secretaria de Turismo para criar estratégias mais coordenadas e eficazes.
Uma das primeiras ações do consórcio foi a contratação da agência Business Factory, especializada em marketing de destinos. A parceria permitiu estruturar campanhas com foco e identidade, resultando na participação da cidade em oito feiras de turismo em 2023 e no aumento de 20% na presença em canais de venda. Esse trabalho gerou impacto direto nos resultados da hotelaria e na comercialização de pacotes turísticos.
O maior avanço, porém, ocorreu na baixa temporada, especialmente no verão. A taxa de ocupação hoteleira no período saltou de 48% para 60% da demanda registrada no inverno anterior, graças a uma comunicação mais ativa que apresenta Campos como um destino para todas as estações, e não apenas para o frio. A estratégia contribui para quebrar a sazonalidade e sustentar o fluxo turístico ao longo do ano.
Essa transformação também se expressa no reposicionamento estético do destino. O consórcio tem promovido a valorização das estações, como o outono, que revela paisagens únicas com folhas douradas, prateadas e avermelhadas. A comunicação reforça o charme natural da cidade, criando novas narrativas que inspiram o retorno do visitante em diferentes épocas.
Por fim, a celebração da Páscoa e a Festa do Pinhão passaram a integrar a agenda de atrativos estratégicos. A cidade ganha decoração temática, cardápios especiais e programação cultural que valoriza a produção artística e a gastronomia regional. A meta, segundo Richtmann, é transformar Campos do Jordão em um destino de experiências contínuas, capaz de encantar o visitante o ano todo.
Onde cultura e história se entrelaçam
Quem visita Campos do Jordão logo percebe que há uma cidade viva, em constante renovação, que equilibra tradição e modernidade com notável maestria. Ao longo do tempo, o destino deixou de ser apenas uma escolha para os meses de frio e consolidou-se como um polo turístico plural, que oferece experiências diversificadas e para todos os gostos — da contemplação ao lazer ativo, do rústico ao sofisticado, da natureza ao urbano.
A cidade pulsa ao longo das estações com uma programação cultural constante, parques bem-cuidados, eventos temáticos e uma cena gastronômica que se reinventa sem perder o vínculo com suas raízes. O visitante é convidado a transitar por paisagens naturais e ambientes urbanos com a mesma intensidade — seja em busca de descanso, aventura, arte, bem-estar ou conexão com a natureza. O cenário de montanha, com sua atmosfera de refúgio, amplia as possibilidades de vivência e reforça o apelo do destino como um lugar onde o tempo parece desacelerar.
Em Campos do Jordão, o entretenimento se revela tanto nos grandes circuitos turísticos quanto nas sutilezas do cotidiano local. É uma cidade que estimula todos os sentidos e acolhe com hospitalidade cada perfil de visitante: famílias, casais, grupos de amigos, viajantes solo. Entre trilhas, concertos, festivais, experiências sensoriais e um crescente investimento em infraestrutura, a cidade se firma como um destino completo, que vai muito além do inverno — e que tem no entretenimento uma de suas maiores forças.
Não há melhor maneira de começar uma imersão em Campos do Jordão do que pelo Museu Felícia Leirner. Instalado em uma área de mais de 35 mil metros quadrados, o espaço reúne, ao ar livre, mais de 80 esculturas da artista polonesa que dá nome ao museu — obras que dialogam com o entorno montanhoso da Serra da Mantiqueira em um espetáculo silencioso de formas, texturas e luz. Cada escultura repousa entre bosques de araucárias e caminhos de terra batida, como se fizesse parte da própria paisagem, convidando o visitante a desacelerar o passo e contemplar.
Mais do que um museu, o local é também um centro cultural vivo. No mesmo complexo está o Auditório Claudio Santoro, palco do tradicional Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, que transforma a cidade em capital da música erudita durante os meses de julho. Ali, cultura e natureza se entrelaçam de forma singular: entre uma apresentação sinfônica e outra, é possível ouvir o canto dos pássaros ou observar o recorte das montanhas no horizonte, sempre sob o clima ameno e o céu limpo característicos da região.
A parada seguinte nos conduz a um ícone de imponência e história: o Palácio Boa Vista, carinhosamente conhecido como Casa do Governador. Instalado a 1.820 metros de altitude, o edifício em estilo inglês traz não apenas ares aristocráticos à Serra da Mantiqueira, mas também um convite à contemplação do poder político, artístico e cultural do Estado de São Paulo ao longo das décadas.
Construído na década de 1960 para ser a residência oficial de inverno do governador paulista, o Palácio hoje funciona como um museu público, aberto à visitação, com acervo que surpreende mesmo os olhares mais treinados. São mais de 1.800 peças, entre mobiliários de época, porcelanas raras, objetos sacros e obras de artistas consagrados como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Portinari — emolduradas por salões majestosos, carpetes vermelhos e grandes janelas voltadas para os vales e picos da serra.
Caminhar pelos corredores do palácio é como folhear, em silêncio, capítulos ilustrados da história paulista. O visitante percorre ambientes originais como o gabinete do governador, a capela com vitrais importados, a sala de música e os aposentos oficiais — tudo preservado com o zelo de quem entende que ali repousa um pedaço da memória institucional do Brasil. Mas vale o alerta: por se tratar de uma residência oficial, a presença do governador — que ainda utiliza o imóvel com frequência durante o inverno — pode implicar na limitação do acesso ao público. Em dias assim, apenas parte do acervo fica disponível à visitação.
Após uma aula viva da história, vale conhecer também um espaço para a introspecção e o silêncio — ingredientes cada vez mais valiosos em tempos de pressa. O Mosteiro de São João, fundado em 1964 pelas monjas beneditinas, é um desses lugares onde o tempo parece desacelerar. Encravado entre as montanhas da cidade, o local convida à contemplação da fé, da natureza e da harmonia.
O conjunto arquitetônico é discreto, em tons claros, cercado por jardins bem cuidados e caminhos de pedra que conduzem a pequenos recantos para oração ou meditação. Ali, o visitante pode experimentar não apenas a beleza paisagística da serra, mas uma atmosfera de serenidade que transcende crenças religiosas. O silêncio respeitoso é parte da experiência — e é nesse ambiente de recolhimento que as irmãs beneditinas seguem a tradição de mais de 1,5 mil anos da Regra de São Bento: ora et labora (rezar e trabalhar).
Um dos momentos mais marcantes da visita é acompanhar, de segunda a sábado às 17h45, o canto gregoriano entoado pelas monjas na capela do mosteiro. A cerimônia, aberta ao público, emociona pela simplicidade e profundidade espiritual. As vozes femininas preenchem o ambiente com notas suaves e ressonantes, criando uma comunhão que vai além das palavras.
O espaço abriga ainda uma lojinha com produtos artesanais confeccionados pelas próprias religiosas, como licores, geleias, doces e peças bordadas à mão — uma forma de sustento para a comunidade e um gesto de acolhimento ao visitante.
Unindo a fé e a história, há uma construção que, além de espiritual, representa um dos símbolos fundadores da cidade. A Paróquia Nossa Senhora da Saúde, inaugurada em 1936, é mais do que um ponto de devoção: é um marco afetivo e arquitetônico que testemunhou a evolução da antiga vila serrana em um dos destinos turísticos mais emblemáticos do Brasil.
Erguida em estilo eclético com toques neocoloniais, a igreja abriga vitrais coloridos que retratam cenas bíblicas e homenagens à padroeira. O altar-mor, esculpido em madeira, recebe a imagem de Nossa Senhora da Saúde — invocada pela proteção contra enfermidades desde os tempos mais antigos. Para os moradores, o templo carrega memórias de batismos, casamentos e celebrações que atravessam gerações; para os visitantes, é uma parada de contemplação e respeito à tradição local.
Ao lado da paróquia está o Marco Zero de Campos do Jordão, símbolo geográfico e histórico que assinala o ponto central de fundação da cidade. Mais do que uma referência cartográfica, o monumento — simples e discreto — lembra o início de uma história marcada pelo ar puro da montanha, pela arquitetura encantadora e pela cultura construída em harmonia com a natureza. E como num gesto silencioso de homenagem à arte, quem percorre a área encontra também uma escultura da renomada artista Felícia Leirner, como se a própria cidade fizesse ecoar, ali também, sua vocação artística.
Enquanto esses locais já consolidados continuam atraindo público, outro novo chega e amplia ainda mais o portfólio de experiências da cidade: o museu de carros Carde.
Estética natural sublime
O Pico do Itapeva, a 2.030 metros de altitude, é um dos pontos mais emblemáticos de Campos do Jordão. Com vista privilegiada para o Vale do Paraíba, permite ao visitante observar até 15 cidades em dias de céu claro, compondo uma paisagem que mistura tons de verde, azul e cinza, conforme a mudança do clima serrano. O local convida à contemplação silenciosa, tornando-se uma experiência sensorial que conecta o visitante à natureza em sua plenitude.
Nos últimos anos, o espaço passou por uma revitalização e hoje abriga atrações como o Lavandário do Pico — jardim de lavandas que transforma a encosta em um espetáculo visual e aromático — e o Lago do Itapeva, onde é possível fazer passeios de pedalinho ou caminhar pelas trilhas ao redor. Estruturas como mirante elevado, café, loja de souvenirs, áreas para piquenique e espaços fotográficos completam a proposta de um complexo turístico voltado à imersão natural com conforto e beleza cênica.
O acesso ao Pico é feito por uma estrada asfaltada que parte do Alto do Capivari e percorre cerca de 9 quilômetros em meio a chácaras, matas e vistas deslumbrantes. A subida, repleta de curvas e paisagens de tirar o fôlego, prepara o visitante para uma das experiências mais marcantes da cidade. No topo, a atmosfera muda: o ar é mais leve, o tempo desacelera e a sensação de estar acima de tudo — literal e simbolicamente — se instala com força.
Se o Pico do Itapeva oferece ao visitante a vastidão do olhar, o Parque Amantikir é um convite à introspecção e contemplação. Localizado a poucos minutos do centro da cidade, o espaço une paisagismo internacional e natureza brasileira em mais de 60 mil metros quadrados de área verde, distribuídos em 26 jardins temáticos inspirados em modelos clássicos de países como Japão, França e Áustria. Mais do que um parque, o Amantikir é uma homenagem sensível à diversidade estética e à sabedoria ancestral, traduzida já em seu nome de origem tupi-guarani: “a montanha que chora”.
Criado por um paisagista apaixonado, o parque conduz o visitante por caminhos que estimulam todos os sentidos. Labirintos verdes, lagos serenos, mirantes silenciosos e poemas espalhados entre canteiros criam uma atmosfera de conexão com o tempo e com a natureza. Cada detalhe parece cuidadosamente pensado para provocar encantamento e introspecção, tornando o passeio uma experiência que vai além da apreciação visual.
Aberto todos os dias do ano, o Amantikir organiza a entrada com agendamento em períodos de alta temporada, o que garante uma visita tranquila mesmo nos dias mais movimentados. O percurso se encerra com um café panorâmico e uma loja de produtos artesanais, consolidando a proposta de oferecer não apenas beleza, mas também uma experiência de transformação pessoal e reconexão com o essencial.
Natureza, diversão e adrenalina
Para os que buscam emoção ao ar livre e experiências que unem natureza, adrenalina e infraestrutura de excelência, dois empreendimentos recentes vêm se destacando: o Prana Pôr do Sol e o Prana Park, ambos idealizados para dialogar com um novo perfil de turista — mais ativo, conectado à paisagem e em busca de experiências memoráveis.
O Prana Pôr do Sol é, ao mesmo tempo, mirante, café, espaço de eventos e manifesto estético. Localizado em uma área elevada de onde se avista o cair do dia com amplitude e poesia, o espaço oferece aos visitantes um espetáculo diário de luz, cor e silêncio, com a Serra da Mantiqueira como protagonista.
A experiência, no entanto, não se limita ao fim de tarde. O local também funciona como ponto de encontro durante o dia, com trilhas leves, espaço para meditação e um café que serve delícias da gastronomia regional com toque contemporâneo. A sustentabilidade está no centro da proposta: a arquitetura é integrada à paisagem, os materiais são naturais e recicláveis, e há cuidado explícito na gestão do impacto ambiental.
Já o Prana Park mergulha com mais intensidade na vertente da aventura. Trata-se de um parque de experiências ao ar livre, com atrações voltadas para toda a família, mas especialmente pensadas para os que desejam testar limites e reconectar-se com o corpo em movimento. Há circuitos de arvorismo em diferentes níveis de dificuldade, tirolesas com vistas espetaculares – incluindo a mega tirolesa de quase 1 quilômetro de extensão -, trilhas ecológicas autoguiadas, slacklines, mirantes suspensos e áreas de descanso entre bosques de araucárias e eucaliptos.
Na trilha que leva da contemplação à aventura, outro espaço emblemático de Campos do Jordão reforça esse diálogo entre tradição e inovação: o Parque Capivari, um dos ícones da cidade e, há alguns anos, reestruturado para oferecer experiências ainda mais completas aos visitantes. Localizado no coração da Vila Capivari, o parque passou por um amplo processo de modernização que transformou completamente sua proposta — sem perder a alma histórica que o consagrou.
No centro dessa renovação está o teleférico, um dos cartões-postais mais antigos de Campos do Jordão, agora dividido em dois modelos distintos: o tradicional, com cadeirinhas abertas que permitem sentir o vento gelado do alto da Serra da Mantiqueira, e o teleférico com cabines fechadas, ideal para famílias, idosos e visitantes com mobilidade reduzida. Ambos os trajetos conduzem ao alto do Morro do Elefante, de onde se tem uma das vistas panorâmicas mais famosas da cidade. Lá do alto, os telhados alpinos se misturam às copas das araucárias, compondo uma paisagem que é quase uma pintura.
Mas o Parque Capivari foi além da contemplação: agregou ao seu portfólio atrações voltadas ao entretenimento ativo, como a montanha-russa em carrinhos individuais, também conhecida como alpine coaster. O brinquedo, que funciona sobre trilhos sinuosos embutidos na encosta, permite que o visitante controle sua própria velocidade durante a descida. A experiência é ao mesmo tempo lúdica e emocionante, sem ser agressiva — perfeita para quem busca uma dose moderada de adrenalina com segurança e visual privilegiado.
O parque ainda conta com pedalinhos no lago, áreas ajardinadas, feiras de artesanato, pontos gastronômicos e uma agenda crescente de eventos culturais. A revitalização do espaço faz parte de um esforço conjunto entre o setor público e a iniciativa privada para transformar Campos do Jordão em um destino de múltiplas estações, com atrativos ativos durante todo o ano.
Seguindo a proposta de experiências ao ar livre que unem diversão, natureza e estrutura de excelência, o Parque Tarundu é um dos espaços mais completos de Campos do Jordão. Localizado a poucos minutos do centro da cidade, o parque ocupa uma antiga fazenda de mais de 500 mil metros quadrados e oferece mais de 30 atividades voltadas para todas as idades e perfis de viajantes.
Para quem busca adrenalina, o destaque vai para o boia cross, uma descida emocionante que se encerra com um verdadeiro mergulho em uma piscina vertical de bolinhas. Outro atrativo de aventura é o arco e flecha, que convida os visitantes a testarem a pontaria em meio ao cenário natural da serra. Além disso, há passeios a cavalo, escalada indoor, patinação no gelo, arvorismo e tirolesas com diferentes níveis de intensidade.
Hotelaria símbolo
É em meio à exuberância da Serra da Mantiqueira que o Hotel Boutique Quebra-Noz se destaca como um refúgio de luxo e tranquilidade em Campos do Jordão. Localizado no bairro do Capivari, a poucos metros do Parque Capivari, o hotel está inserido em uma área verde privativa de mais de 50 mil metros quadrados, oferecendo aos hóspedes uma experiência única de contato com a natureza e sofisticação.
Inaugurado em 2019, o Quebra-Noz possui distintas acomodações, entre suítes, bangalôs e villas, todas projetadas para proporcionar conforto e elegância. As unidades são equipadas com cafeteira, TV de tela plana e vistas privilegiadas para os jardins ou bosques ao redor. Um destaque é a Villa Pinho Bravo, que acomoda até oito pessoas com exclusividade e acesso privativo.
A infraestrutura do hotel inclui uma piscina aquecida com borda infinita, spa com diversos tratamentos, sauna, academia, trilhas privativas e uma quadra de beach tennis. Para as crianças, há brinquedoteca, casa dos coelhos e casinha de bonecas, garantindo diversão para toda a família.
Na gastronomia, o Quebra-Noz oferece um café da manhã estilo buffet com variedade de pães, bolos, frios e frutas frescas da estação, servido com vista para o jardim. Além disso, o restaurante do hotel proporciona almoços e jantares com pratos que mesclam influências regionais e internacionais, priorizando ingredientes frescos da Serra da Mantiqueira.
Para quem deseja prolongar essa atmosfera de aconchego e contato com a natureza, o Quebra-Noz oferece os piqueniques privativos preparados sob medida. Montados em cenários cuidadosamente escolhidos dentro da propriedade — entre bosques de araucárias ou à beira do riacho que corta o terreno —, os cestos repletos de quitutes artesanais são dispostos sobre mantas e almofadas, com toda a estrutura necessária para que casais, famílias ou pequenos grupos vivam momentos de desconexão e encantamento.
Entre os encantos que tornam o Quebra-Noz um refúgio memorável está a charmosa Casa do Coelho, um espaço lúdico inserido em meio aos bosques do hotel, que atrai tanto crianças quanto adultos. É comum vê-los saltitando pelas trilhas, próximos aos bancos de descanso ou explorando os cantinhos sombreados do terreno — uma presença que transforma o cotidiano em poesia e aproxima os hóspedes de uma vivência mais sensível e conectada à natureza. Para os pequenos, é um convite constante à descoberta; para os adultos, uma pausa inesperada de ternura em meio ao sossego serrano.
E é justamente após esses encontros espontâneos com os coelhos — que parecem saídos de um conto de fadas — que muitos hóspedes seguem para outro ritual igualmente encantador: o tradicional chá da tarde do Quebra-Noz. Servido diariamente no salão envidraçado com vista para os jardins, o momento é uma celebração dos sentidos, onde o aroma de infusões selecionadas se mistura ao perfume de bolos caseiros, pães de queijo e outras delícias artesanais. É a transição perfeita entre a leveza da infância e o conforto da maturidade, convidando à contemplação, ao convívio e ao prazer da pausa — marcas registradas da experiência no hotel.
Fechando o dia com sabor e descontração, o Quebra-Noz promove semanalmente a Noite da Pizza, uma das experiências gastronômicas mais queridas pelos hóspedes. Preparadas no forno a lenha e servidas em sistema à vontade, as pizzas são feitas com ingredientes frescos, massas leves e combinações que vão do clássico ao autoral. O ambiente acolhedor do restaurante se transforma em um ponto de encontro entre aromas e conversas, embalado pelo calor da lareira e pela iluminação suave. Aberta também ao público externo mediante reserva.
Luxo gastronômico
Em meio ao clima serrano e às paisagens naturais de Campos do Jordão, a gastronomia ocupa um papel de destaque na experiência turística da cidade. Mais do que um complemento à viagem, comer bem aqui faz parte do roteiro, com sabores que aquecem o corpo e encantam o paladar. Da alta gastronomia aos sabores típicos da montanha, a cidade oferece uma multiplicidade de propostas que atendem tanto aos visitantes exigentes quanto aos que buscam o conforto de pratos caseiros com um toque autoral.
A influência europeia, sobretudo alemã e suíça, está presente em fondues, carnes defumadas e nos tradicionais chocolates artesanais — itens que se tornaram símbolo do inverno jordanense. Mas a cidade também surpreende com uma cena contemporânea em constante renovação, marcada por chefs que apostam em ingredientes locais, fusões ousadas e técnicas internacionais. Trutas, pinhão, cogumelos e queijos da região ganham protagonismo em menus criativos e elegantes.
Entre os nomes mais emblemáticos da cena gastronômica de Campos do Jordão está o restaurante Ludwig, que há mais de duas décadas oferece uma experiência refinada em meio a um ambiente intimista e acolhedor. Situado em uma charmosa casa com arquitetura alpina, cercada por bosques e jardins, o restaurante é uma verdadeira instituição local para quem busca alta gastronomia, especialmente inspirada nas tradições europeias.
Um dos grandes diferenciais do restaurante Ludwig está nos pratos finalizados à mesa com flambagem, uma tradição que confere não apenas sabor, mas também um toque de espetáculo à experiência gastronômica. A técnica, executada com destreza pelos garçons, permite que o cliente acompanhe de perto o preparo final de pratos icônicos, envolvendo aromas intensos e uma apresentação visual marcante, que transforma o jantar em um verdadeiro ritual.
Seguindo o roteiro de experiências que exaltam o sabor e a hospitalidade em Campos do Jordão, o restaurante Elio Cucina surge como um contraponto elegante, oferecendo uma proposta mais intimista, centrada na valorização da herança afetiva da cozinha italiana. Sob a direção de Maria Catão, o espaço tem se firmado como um dos endereços mais respeitados da cena gastronômica local, não apenas pela qualidade dos pratos, mas pela forma como a experiência é conduzida.
A presença ativa e atenciosa de Maria chama atenção, visto que a profissional se divide entre o comando da cozinha e o acolhimento dos clientes, transmitindo um senso de pertencimento raro. Sua atuação não se limita à técnica: há um zelo visível em manter viva uma tradição que atravessa gerações, com receitas que preservam o cuidado ancestral da cozinha artesanal, executadas com precisão e afeto. O resultado é uma culinária que emociona, com sabores que remetem às memórias familiares, ao mesmo tempo em que entrega sofisticação em cada detalhe.
A poucos minutos dali, em meio a uma atmosfera elegante que evoca os chalés europeus, o restaurante La Foyer convida o visitante a mergulhar em uma experiência onde o ambiente, a gastronomia e o ritual se entrelaçam com harmonia. Instalado dentro do Hotel Toriba, o espaço é conhecido por oferecer um dos fondues mais refinados da região, em um salão aquecido à lareira que convida à contemplação e à conversa pausada.
Com um cardápio que equilibra tradição suíça e toques contemporâneos, o La Foyer aposta na excelência dos ingredientes e na delicadeza da apresentação. O fondue de queijo, servido com pães artesanais, legumes e embutidos selecionados, é um dos destaques — mas não o único. A casa também oferece versões com carne e frutos do mar, além de um fondue de chocolate que encerra a refeição com doçura e sofisticação.
A poucos minutos dali, em meio à serenidade do Hotel Toriba, o restaurante Le Foyer proporciona uma experiência gastronômica que combina sofisticação europeia com ingredientes de alta qualidade e uma atmosfera envolvente. Mais do que um simples jantar, o espaço propõe um verdadeiro ritual de sabores, marcado por uma curadoria cuidadosa que privilegia receitas clássicas com personalidade própria.
Entre as entradas, os escargots preparados à moda tradicional francesa figuram como uma das estrelas do cardápio, ao lado do queijo brie envolto por uma crosta de castanhas e finalizado com mel trufado, que equilibra intensidade e delicadeza em cada garfada. Nos pratos principais, o filé ao poivre vert, servido ao ponto perfeito e acompanhado por guarnições elegantes, revela a precisão técnica da cozinha. Já na sobremesa, a torta cremosa de amêndoas com frutas vermelhas conquista não só pelo sabor, mas pela apresentação minuciosa que encerra a refeição com charme.
Complementando o percurso pelas experiências gastronômicas mais refinadas de Campos do Jordão, o restaurante YvY propõe uma imersão contemporânea que transita entre a arte, a inovação e o território. Com uma cozinha autoral e inquieta, o espaço oferece menus degustação que chegam a sete tempos, guiados pela sazonalidade e pela valorização de ingredientes regionais da Serra da Mantiqueira.
A experiência no YvY é marcada por apresentações disruptivas, em que técnicas de gastronomia molecular e criações inesperadas revelam novos sentidos e texturas para insumos brasileiros muitas vezes negligenciados. Cada etapa é acompanhada por rótulos cuidadosamente selecionados, em harmonizações que intensificam a jornada sensorial — ora com brancos vibrantes, ora com tintos de guarda que elevam ainda mais a complexidade da proposta.
Liderada pelo chef pelo Chef Fernando Giacomini, a experiência trata-se de um verdadeiro ritual gastronômico, no qual o visitante é conduzido por narrativas que conectam território, história e inovação. Da entrada à sobremesa, o restaurante reafirma seu propósito de transformar ingredientes locais em experiências singulares, que dialogam com o paladar e com a memória afetiva.
Encerrando a jornada pelas experiências gastronômicas, a cervejaria Vemaguet 67 se destaca como um verdadeiro templo da fartura elevada à condição de luxo. Localizada no coração da Vila Capivari, a cervejaria reúne atmosfera acolhedora, excelência na produção artesanal e o prazer de partilhar bons momentos — três pilares que sintetizam sua proposta.
Com rótulos premiados e produção local em pequena escala, a Vemaguet 67 reverencia a tradição cervejeira sem abrir mão da ousadia. Das versões leves, como a Pilsen, às interpretações mais complexas — como Weiss, Bock e IPAs intensas e aromáticas —, cada rótulo é cuidadosamente elaborado para harmonizar com os sabores da Serra da Mantiqueira.
O cardápio, por sua vez, amplia essa experiência com receitas fartas e saborosas. O destaque vai para a costela bovina, celebrada por sua textura extremamente macia e sabor marcante. Servida em generosas porções e acompanhada de guarnições que realçam seus sucos naturais, ela é considerada por muitos habitués um dos pratos mais emblemáticos da cidade.
O Brasilturis contou com o apoio do Aproveite Campos do Jordão e com o city Ttur Viaja Campos.