A Virgin Atlantic será a primeira companhia aérea do Reino Unido a oferecer Wi-Fi gratuito, ilimitado e com qualidade de streaming em todos os voos, graças a uma nova parceria com a Starlink, rede de satélites da SpaceX, de Elon Musk. O anúncio foi feito pelo CEO da companhia, Shai Weiss, na última terça-feira (8), consolidando mais um passo na estratégia da empresa para se posicionar como transportadora premium de longa distância.
A implementação da tecnologia começa no terceiro trimestre de 2026 e deve estar concluída até o fim de 2027. O serviço estará disponível em todas as cabines e será gratuito para os membros do Flying Club, programa de fidelidade da Virgin Atlantic, de adesão gratuita.
A conectividade será viabilizada pela constelação de satélites de órbita baixa da Starlink, conhecida por sua baixa latência e alta velocidade de transmissão. A promessa é garantir sinal estável mesmo em áreas remotas — um avanço importante para rotas transatlânticas e voos intercontinentais. Empresas como Qatar Airways, Hawaiian Airlines, United Airlines e AirBaltic também já firmaram acordos com a Starlink para oferecer Wi-Fi a bordo.
“Estamos investindo bilhões para transportar a frota mais jovem através do Atlântico”, declarou Weiss em publicação no Linkedin. Segundo ele, serão US$ 17 bilhões aplicados em modernização da frota, novos assentos premium nos Boeing 787-9 a partir de 2028, reformulação dos lounges nos aeroportos JFK (Nova York) e Heathrow (Londres), além do desenvolvimento de um novo programa de fidelidade voltado a clientes ocasionais que mantêm relação de longo prazo com a empresa.
Além da conectividade via satélite, a Virgin Atlantic também anunciou uma parceria com a OpenAI para a implementação de serviços de concierge de voz com inteligência artificial emocionalmente inteligente, prometendo interações mais personalizadas e humanas com os passageiros.
O CEO evitou revelar o valor do contrato com a Starlink, limitando-se a dizer que era “muito”, mas ressaltou que a iniciativa representa um passo estratégico na transição da companhia de “desafiante para líder” no segmento aéreo premium.
Vale lembrar que, recentemente, a United Airlines suspendeu o uso da Starlink em jatos regionais por interferência. Veja aqui.