As conexões afetivas seguem como principal motor das viagens rodoviárias no Brasil. Segundo levantamento da FlixBus, realizado em março de 2025, 60% dos brasileiros viajam de ônibus com o objetivo de visitar amigos e familiares. A porcentagem supera outras motivações tradicionais, como férias (58%), viagens de fim de semana (40%) e deslocamentos a trabalho (29%). O dado representa um crescimento de oito pontos percentuais em relação a 2024 e reforça o papel emocional que o transporte rodoviário ainda ocupa na jornada dos brasileiros.
Para Edson Lopes, CEO da FlixBus, essa escolha vai além da praticidade. “O papel do ônibus é também emocional, já que a cultura brasileira, fortemente centrada na família, é refletida na forma como as pessoas escolhem viajar. O ônibus, nesse contexto, não é apenas uma alternativa de transporte – ele também representa um elo emocional entre os viajantes”, afirma.
Além da motivação afetiva, a opção pelo ônibus também é justificada pela economia, maior capilaridade e melhor conectividade urbana. Em rotas populares como São Paulo–Rio de Janeiro, por exemplo, a diferença de preços entre os modais pode ultrapassar R$ 1.000, considerando tarifas econômicas em um fim de semana comum.
“O acesso aos terminais também pesa na decisão. Enquanto muitos aeroportos ficam distantes e exigem gastos extras com deslocamento, as rodoviárias costumam oferecer acesso mais rápido e econômico, reduzindo o tempo e o custo da viagem como um todo”, complementa Lopes.
A diversidade de rotas é outro diferencial. Com presença em 14 estados e no Distrito Federal, a FlixBus oferece uma malha de destinos superior à da aviação comercial, atendendo inclusive localidades fora dos grandes eixos. Essa amplitude torna o ônibus a principal opção para quem prioriza não apenas o destino, mas o reencontro.
“A diferença de preço entre ônibus e avião pode ser decisiva, especialmente para grupos maiores ou viagens não planejadas com antecedência”, reforça Edson Lopes. “Ao torná-lo mais acessível, ampliamos as possibilidades de encontro”, conclui o executivo.