O tufão Wipha, que avançou neste fim de semana por regiões do sudeste da China, Hong Kong, Vietnã, Taiwan e Filipinas, causou fortes impactos no turismo e na mobilidade urbana desses países. Com ventos de até 62 km/h, a tempestade forçou o fechamento de aeroportos, suspensão de atrações turísticas, evacuações e medidas de emergência.
Em Hong Kong, um dos principais hubs de conexão aérea da Ásia, o Observatório Meteorológico emitiu o sinal de alerta nº 10, o mais alto do sistema local, reduzido posteriormente à medida que o Wipha se deslocava para o oeste, em direção à província de Guangdong. Ainda assim, os efeitos foram significativos: o Aeroporto Internacional suspendeu operações no terminal SkyPier, afetando serviços de balsa para Macau e outras cidades da China continental. A Cathay Pacific, principal companhia aérea local, cancelou voos de chegada até às 6h de domingo e iniciou retomada gradual conforme as condições climáticas permitiram.
A Disneylândia de Hong Kong fechou as portas temporariamente, e escolas foram orientadas a suspender atividades. A Autoridade Hospitalar interrompeu atendimentos ambulatoriais e abrigos emergenciais acolheram ao menos 253 pessoas. Foram registrados 471 casos de queda de árvores e 26 feridos devido à tempestade.
Na China continental, o tufão tocou a costa na cidade de Taishan (Guangdong) por volta das 5h50 de domingo, já rebaixado a forte tempestade tropical. O Centro Meteorológico Nacional chinês prevê enfraquecimento contínuo conforme o fenômeno avança rumo ao norte do Vietnã.
No Vietnã, autoridades emitiram alertas para chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra. A preocupação é elevada após um recente acidente fatal na Baía de Ha Long, envolvendo o naufrágio de uma embarcação em meio a mudanças súbitas no tempo. A Embaixada dos Estados Unidos alertou seus cidadãos sobre riscos adicionais na região.
Taiwan também sentiu os efeitos do Wipha no sábado, com tempestades intensas e alertas de preparação. A resposta governamental incluiu monitoramento constante e medidas preventivas para mitigar transtornos à população e ao turismo local.
Nas Filipinas, o tufão intensificou as chuvas de monção em diversas províncias. A agência meteorológica PAGASA emitiu avisos sobre chuvas moderadas a fortes, previstas até segunda-feira. Duas pessoas foram dadas como desaparecidas, e centros de acolhimento temporário foram ativados para abrigar desabrigados pelas inundações.
Apesar do enfraquecimento da tempestade, governos da região continuam em alerta. O episódio evidenciou mais uma vez os desafios da resiliência climática frente aos impactos diretos sobre o turismo, logística e serviços básicos. Autoridades pedem cautela a viajantes e moradores e destacam a importância da cooperação entre países para minimizar os efeitos de eventos extremos como o Wipha.