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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Hotelaria paulista tem queda em ocupação e RevPar em julho

Pesquisa da ABIH-SP aponta retração nos principais indicadores do setor, enquanto a diária média apresentou leve crescimento no período

O desempenho da hotelaria paulista em julho de 2025 apresentou sinais de retração em seus principais indicadores, de acordo com a 61ª edição da pesquisa mensal da ABIH-SP. No comparativo com junho, a Taxa de Ocupação (TO) caiu -5,83%, enquanto o RevPar registrou baixa de -4,47%. Por outro lado, a Diária Média (DM) apresentou crescimento de 1,44%, atingindo R$ 491,41. Foi o segundo mês consecutivo de queda tanto na ocupação quanto no RevPar.

Resultados regionais e destaques

Durante o mês de férias de inverno, destinos com forte vocação para lazer, como o Circuito das Águas e o Vale do Paraíba – Serras, apresentaram tendência positiva, embora abaixo das expectativas iniciais. No total, 13 MRTs (Macro Regiões Turísticas) participaram da pesquisa, mesmo número do mês anterior, enquanto Noroeste Paulista e Planalto Paulista novamente não enviaram dados.

Dos 13 recortes, nove registraram queda na taxa de ocupação, o que impactou diretamente o resultado estadual. Em contrapartida, apenas quatro MRTs tiveram retração na diária média, indicando alguma resistência do setor. O RevPar recuou em quatro regiões, com quedas expressivas em áreas como Capital Expandida, Capital Paulista, Alta Mogiana e Vale do Ribeira. Já o Circuito das Águas, o Litoral Norte e o Vale do Rio Grande figuraram entre os destaques positivos.

Indicadores consolidados

  • Taxa de Ocupação (TO): 56,55% em julho (-5,83% em relação a junho)

  • Diária Média (DM): R$ 491,41 (+1,44% em relação a junho)

  • RevPar: R$ 277,89 (-4,47% em relação a junho)

  • Acumulado do ano: TO de 58,31%, DM de R$ 497,89 e RevPar de R$ 290,05

Por categoria, os hotéis econômicos representaram 47,12% da amostra, enquanto os midscale corresponderam a 38,46% e os upscale a 14,42%. Quanto ao perfil de atuação, 50% dos empreendimentos se declararam corporativos, 32,5% atenderam ambos os públicos e 17,5% atuaram prioritariamente no lazer.

Custos, mão de obra e rentabilidade

A relação funcionários x UH ficou em 0,53, com aumento de 1,92% em relação a junho, reflexo da contratação temporária típica do período de férias. No entanto, na comparação com julho de 2020, o índice acumula queda de 11,66%, reforçando o desafio da mão de obra qualificada no setor.

As despesas também chamaram atenção. O índice de relação despesa x receita subiu para 68,31%, com alta de 1,57% frente ao mês anterior. A rentabilidade bruta média estimada foi de 31,69%, sinalizando retração. Outro dado preocupante é que 14,86% dos hotéis declararam despesas acima de 90% da receita, sendo que alguns ultrapassaram os 100%, apontando risco para a sustentabilidade financeira dessas operações.

Engajamento e novos temas

A pesquisa também revelou maior engajamento no acesso ao Portal do Hoteleiro, com 63,75% dos associados já utilizando a plataforma em julho, contra 41,27% no início da série. Além disso, foi incluída uma questão sobre o interesse no Retrofit Tecnológico: 13,16% dos hotéis já preencheram o formulário de adesão, quase o dobro do registrado em junho.

A ABIH-SP agradeceu a colaboração dos participantes e reforçou que os dados são sigilosos, sendo fundamentais para garantir maior precisão nos resultados. O relatório completo pode ser consultado no Portal do Hoteleiro.

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