Os Ministérios do Turismo (MTur) e dos Direitos Humanos celebraram a adesão à Estratégia Nacional de Trabalho Digno, Educação e Geração de Renda para Pessoas LGBTQIA+, voltada especialmente para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. O evento aconteceu durante o Núcleo do Conhecimento, no 9º Salão do Turismo, realizada entre os dias 21 e 23 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP)
A iniciativa vai estimular a autonomia econômica e financeira da comunidade LGBTQIA+, promovendo acesso a empregos formais, qualificação profissional e integração ao mundo do trabalho. “Trata-se de uma estratégia que coletiviza a inclusão. Ao conectarmos políticas de diversidade com o setor de turismo, criamos pontes para ampliar oportunidades reais de empregabilidade”, explica Symmy Larrat, secretária Nacional dos Direitos da Pessoa LGBTQIA+.
A proposta une duas frentes: de um lado, público busca de inserção no mercado de trabalho; de outro, empresas do setor turístico interessadas em compor equipes mais diversas e preparadas para atender diferentes pessoas.
De acordo com Julie Oliveira, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MTur, o impacto vai além da empregabilidade. “Essa parceria dá o tom de como o turismo brasileiro pode liderar o segmento com inclusão, diversidade e valorização de talentos,” afirma.
Primeiros resultados
O Ministério dos Direitos Humanos já mantém um banco de currículos de pessoas LGBTQIA+ capacitadas, e o MTur apoia conectando esse cadastro a empresas do setor. Entre as primeiras adesões estão: o chamamento público com 50% de vagas afirmativas para pessoas trans e agora se torna parceira efetiva da estratégia. A Orinter, operadora de turismo que demonstrou interesse imediato em aderir após a apresentação.
Para Marcelo Freixo, presidente da Embratur, a adesão reforça a missão institucional. “Fizemos o dever de casa com vagas afirmativas e queremos ir além. O Brasil que mostramos ao mundo é o Brasil do respeito, da democracia e da diversidade – não o da homofobia”, finaliza.
Expectativas
O movimento vem despertando o interesse de outros destinos turísticos e empresas do setor, que já sinalizaram ao Ministério dos Direitos Humanos a intenção de aderir. A expectativa do MTur é que, ao longo do ano, mais organizações incorporem a estratégia em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão.
Para Hiago Mendes Guimarães, diretor de promoção e defesa LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o momento representa uma virada de chave. “Estamos celebrando mais que uma assinatura, mas a consolidação de um diálogo contínuo entre empresas, sociedade e governo para transformar o turismo em vetor de inclusão,” ressalta.