O que torna cidades turísticas verdadeiramente especiais? Segundo um levantamento da revista Ana Maria, não basta reunir belas paisagens ou atrativos culturais: a qualidade de vida dos moradores é o fator decisivo para transformar destinos em locais acolhedores tanto para quem visita quanto para quem vive neles.
O estudo destacou cinco cidades brasileiras que se sobressaem nesse equilíbrio: Gramado (RS), Balneário Camboriú (SC), Petrópolis (RJ), Bonito (MS) e João Pessoa (PB). O que elas têm em comum é o investimento contínuo em segurança, limpeza, serviços públicos de qualidade, infraestrutura eficiente e políticas de sustentabilidade. Esses pilares não apenas beneficiam os moradores, mas também proporcionam aos turistas uma experiência mais organizada, segura e agradável.
Turismo de qualidade nasce no cuidado com a cidade
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, o exemplo dessas cidades é um caminho a ser seguido. “O turismo de qualidade nasce do orgulho e da vivência que o morador tem na sua cidade. Quando investimos em infraestrutura, segurança e cultura, estamos cuidando da nossa gente e, ao mesmo tempo, preparando nossos destinos para receber os visitantes”, destacou.
Essa visão também incentiva os próprios moradores a redescobrirem seus territórios. Muitas vezes, a rotina faz com que os habitantes deixem de valorizar museus, parques ou restaurantes locais que encantam turistas diariamente. Estimular essa prática fortalece a economia local e cria uma relação mais próxima entre residentes e atrativos.
Destinos Turísticos Inteligentes: modelo em expansão
No Brasil, a estratégia de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) tem ganhado espaço como ferramenta para ampliar a competitividade e a sustentabilidade do setor. O modelo se baseia em nove pilares: governança, inovação, tecnologia, sustentabilidade, acessibilidade, promoção e marketing, segurança, mobilidade e criatividade.
As cidades que aderem ao DTI precisam cumprir ao menos 80% das diretrizes estabelecidas para receber o selo. Atualmente, quase 30 localidades brasileiras já implementam o programa, consolidando o país como referência na América Latina. O Brasil foi o primeiro a institucionalizar o conceito em nível federal, reforçando o compromisso com um turismo mais inovador e sustentável.