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Kamilla Alves
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Sabino reafirma a Lula desejo de ficar no governo

Celso Sabino, ministro do Turismo, reafirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua intenção de permanecer no cargo, mesmo após a cúpula do União Brasil impor prazo de 30 dias para que seus filiados deixem a gestão petista. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (3), durante almoço no Palácio da Alvorada, que contou também com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de ministros próximos ao governo.

Segundo relatos, Sabino deixou claro a Lula que seguirá no comando da pasta e que buscará diálogo com os dirigentes de seu partido. A decisão do União Brasil, anunciada na terça-feira (2) em conjunto com o PP, prevê a saída de todos os filiados de cargos na Esplanada, sob risco de sanções partidárias. Além de Sabino, a medida afeta diretamente o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA).

O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, reiterou que haverá punições caso a determinação seja descumprida. “Se dirigentes insistirem em permanecer no governo, será adotado o afastamento imediato e, em seguida, medidas disciplinares previstas no estatuto”, disse.

Apoio político e contexto eleitoral

Durante o almoço, Lula reforçou a cobrança por maior engajamento dos ministros ligados ao União Brasil e pediu que eles defendam publicamente as entregas do governo. O presidente voltou a insistir que os titulares das pastas adotem postura mais firme diante das críticas do Centrão.

O desejo de Sabino de se manter no governo está diretamente ligado às suas pretensões eleitorais em 2026. Deputado federal licenciado pelo Pará, ele planeja disputar uma vaga no Senado em aliança com o governador Helder Barbalho (MDB). Fontes ligadas ao Planalto afirmam que Lula já sinalizou apoio à candidatura.

Na avaliação de interlocutores do presidente, a saída de Sabino é improvável a poucos meses da COP30, que será realizada em Belém, evento estratégico para o governo federal. Auxiliares avaliam que o peso regional de Sabino no Pará, onde Lula obteve 54% dos votos em 2022, pode ser mais relevante do que o impasse nacional com o União Brasil.

União Brasil dividido

Apesar da determinação da legenda, ministros apadrinhados por Davi Alcolumbre, como Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações), não foram incluídos no ultimato, já que não são filiados ao partido. Ambos também aproveitaram o encontro no Alvorada para reafirmar lealdade à gestão petista, segundo o jornal O Globo.

Enquanto isso, o União Brasil tenta equilibrar sua posição no Congresso, onde ocupa espaço estratégico, e no Executivo, onde parte dos seus quadros se mantém próxima a Lula. Para Sabino, a equação passa pelo fortalecimento de sua base no Pará e pela perspectiva de alavancar sua candidatura ao Senado em 2026 com apoio direto do governo federal.

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