A Menzies Portugal, empresa que cuida de operações de assistência em terra (‘handling‘), confirmou nesta quinta-feira (3) que colocou em prática um plano de contingência para enfrentar a greve decretada pelos trabalhadores da empresa de serviços de assistência em terra. O objetivo é mitigar possíveis interrupções nas operações dos aeroportos portugueses durante os períodos de paralisação, que se estendem até janeiro de 2026.
Em comunicado, a companhia destacou que está empenhada em assegurar que clientes e passageiros tenham o mínimo de transtornos. “Queremos garantir aos nossos clientes e passageiros que estamos a trabalhar diligentemente para garantir a fluidez das operações durante o período da greve anunciada”, afirmou a Menzies.
Medidas extraordinárias e cobertura garantida
A empresa aproveitou para valorizar os níveis mínimos de serviço definidos pela Comissão de Esclarecimento de Serviços (CES), que asseguram até 100% da cobertura dos voos domésticos, incluindo rotas para os Açores e a Madeira. Segundo a Menzies, trata-se de uma decisão inédita em Portugal, que reforça a relevância do setor aéreo e a necessidade de continuidade no transporte essencial.
Mesmo em um período considerado de alta pressão operacional, a empresa afirma manter o compromisso de oferecer serviço de excelência. Além disso, reiterou estar aberta ao diálogo com os sindicatos, defendendo uma negociação em boa-fé para avançar em acordos já estabelecidos.
Paralisações programadas até 2026
O pré-aviso de greve foi emitido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e abrange um total de 76 dias de paralisações. O primeiro período começou em 3 de setembro e segue até 9 do mesmo mês. Estão previstas novas paragens entre 12 e 15, 19 e 22 e 26 e 28 de setembro.
Em outubro, os protestos ocorrerão em blocos semanais: de 3 a 6, de 10 a 13, de 17 a 20, de 24 a 27 e de 31 a 3 de novembro. Já em novembro, estão agendadas paralisações de 7 a 10, 14 a 17, 21 a 24 e 28 a 1º de dezembro. Em dezembro, o calendário inclui os dias 5 a 8 e 12 a 15, culminando em uma paralisação mais longa, entre 19 de dezembro e 2 de janeiro de 2026.
Diálogo e impacto no setor
A Menzies sublinha que seguirá empenhada em manter a qualidade do atendimento e a segurança operacional, mesmo diante das dificuldades impostas. O setor aéreo português, que tem registrado forte crescimento de passageiros, passa a lidar agora com o desafio adicional de minimizar os efeitos da paralisação sobre os viajantes.