A sétima edição do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) abriu nesta segunda-feira (15) a sétima edição do FNH (Fórum Nacional da Hotelaria), em São Paulo. Na abertura, conduzida por Orlando Souza, presidente executivo, e por Beto Caputo, presidente do Conselho Administrativo e CEO da rede Átrio, foram destacadas conquistas recentes da associação, bem como as prioridades para o próximo biênio.
Reconhecimento e propósito do Fórum
Em tom descontraído, Orlando Souza abriu os trabalhos agradecendo à equipe do FOHB e aos patrocinadores que tornaram possível a realização do evento. Ele ressaltou que o Fórum tem como propósito “aprofundar o conhecimento e, ao mesmo tempo, inspirar a construção de um futuro promissor para a hotelaria”.
A proposta da edição de 2025 é unir inteligência de mercado e inspiração, com foco em inovação e tendências capazes de impactar o setor nos próximos anos.
Souza também destacou o espaço de experiências montado no foyer, preparado pelos parceiros para os participantes, e apresentou aos convidados um vídeo especial em homenagem aos mantenedores e patrocinadores. Segundo ele, a iniciativa buscou fugir do formato tradicional de citações e transformar a valorização em um momento criativo e marcante.

Ecossistema em expansão
Na sequência, Beto Caputo apresentou um panorama do FOHB e de sua atuação. Atualmente, a entidade reúne 27 redes hoteleiras, somando mais de 800 empreendimentos em operação e outros 135 previstos para entrarem no ecossistema nos próximos anos. Recentemente, marcas como WM, Summit, Tauá e Goldman passaram a integrar a associação, ampliando ainda mais sua representatividade no setor.
Caputo ressaltou o trabalho realizado em temas de ESG, relacionamento com entidades parceiras e desenvolvimento de produtos voltados ao associado, como a newsletter FOHB e o recém-lançado “Fobinho”. “O FOHB é hoje um ecossistema completo, que se consolidou como referência para a hotelaria nacional”, afirmou.
Avanços em tributação e base de dados
Um dos principais destaques da gestão foi a atuação da entidade diante da reforma tributária. Segundo Caputo, o FOHB, em conjunto com outras entidades, conseguiu negociar uma redução de 40% na alíquota base para o setor de serviços – um alívio frente à pressão de aumento de carga tributária. “Ainda não sabemos qual será a alíquota final, mas qualquer que seja, teremos esse desconto garantido”, explicou.
Outro ponto citado foi a modernização da base de dados Infob, que há mais de dez anos serve como repositório de informações do setor. Agora, o material passa a ser integrado a uma ferramenta de Business Intelligence (BI), tornando o acesso mais dinâmico e estratégico para os associados.
Novos desafios para o setor
Para o próximo exercício, o FOHB terá três metas centrais. A primeira é a conclusão do manual do IVA, em desenvolvimento pela consultoria Ernst & Young, que dará suporte às redes hoteleiras na adequação à reforma tributária. O projeto conta com investimento de mais de R$ 600 mil, custeado pelas redes e parceiros.
A segunda meta envolve a questão da insalubridade, considerada uma das maiores inseguranças jurídicas para a hotelaria. A entidade pretende atuar junto ao Ministério do Trabalho para definir um marco regulatório que reduza o grau de risco e os custos associados.
Por fim, Caputo destacou a importância de um programa para atrair mão de obra ao setor, considerado um dos maiores gargalos da hotelaria atualmente. “Precisamos tornar o setor mais atrativo para novos profissionais, porque a falta de mão de obra qualificada tem sido uma dor constante”, reforçou.
Fórum consolidado
Encerrando a abertura, Caputo celebrou o crescimento do próprio evento. Em 2024, foram comercializados 400 ingressos, todos esgotados. Este ano, mesmo com a ampliação para 600 entradas, o Fórum novamente atingiu sold out. “Esse é um sinal da relevância do debate e do interesse do mercado em discutir o futuro da hotelaria brasileira”, concluiu.