A modernização dos mecanismos e tecnologias de segurança nos aeroportos brasileiros foi tema central do encontro Tecnologia e Segurança – O Futuro dos Aeroportos no Brasil, promovido pela Aeroportos do Brasil (ABR) em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor).
O evento ocorreu em Guarulhos (SP) e reuniu representantes do setor público e privado para discutir desafios e avanços no fortalecimento da segurança operacional.
A iniciativa faz parte do programa Aeroportos+Seguros, coordenado pela Anac, que busca apoiar os terminais na modernização de seus equipamentos e procedimentos. Já foram instalados novos sistemas de inspeção nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, doados pela Transportation Security Administration (TSA), dos Estados Unidos. Em Brasília, estão em fase de teste scanners corporais e raios-x dual view para bagagens de mão.
Na abertura, Luiz Pimenta, assessor da diretoria da Anac, destacou que o objetivo é evoluir continuamente. “Os aeroportos brasileiros já são extremamente seguros. Não estamos inseguros, mas podemos avançar”, afirmou. O mesmo ponto foi reforçado por Bruno Falcão, da Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos da Anac, que ressaltou que o foco está em “elevar o padrão de segurança, e não corrigi-lo”.
Representantes das concessionárias Inframerica, GRU Airport e Aeroportos Brasil Viracopos destacaram os desafios de infraestrutura e operação com a adoção de tecnologias mais modernas. “Os novos equipamentos geraram ganhos de eficiência, mas exigem adaptações nos terminais, tanto em espaço físico quanto na quantidade de agentes de proteção”, observou Wesley Correa, gerente de operações de Viracopos.
Luiza Deusdará, diretora de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, enfatizou a importância da cooperação entre os setores público e privado. “A tecnologia está disseminada e sabemos que ela funciona. O desafio é integrá-la à realidade de cada aeroporto”, avaliou.
A capacitação e valorização dos Agentes de Proteção da Aviação Civil (Apacs) também estiveram em pauta. Para Mariana Altoé, superintendente de Pessoal da Aviação Civil da Anac, é preciso promover uma cultura de segurança baseada em valorização profissional. “A aviação é feita por pessoas. Promover a cultura de segurança é responsabilidade de todos nós”, afirmou.
Entre as conclusões, os participantes destacaram que o futuro dos aeroportos passa pela digitalização e eficiência operacional, com equipamentos que aumentam a segurança e melhoram a experiência do passageiro.