A 30ª Conferência das Partes (Cop30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima será realizada no Parque da Cidade, em Belém, e trará como legado dois espaços distintos: a Zona Azul, voltada para delegações oficiais, e a Zona Verde, aberta ao público e dedicada ao diálogo entre sociedade civil, setor privado e governos sobre soluções sustentáveis. Administrada pelo governo federal, a Green Zone reunirá instituições públicas e privadas, comunidades tradicionais, juventude e outros atores não governamentais interessados em apresentar projetos de inovação e tecnologia voltados à crise climática.
Diferente da Zona Azul, a Green Zone não exigirá credenciamento, permitindo o acesso livre de pessoas de todas as idades, inclusive da imprensa. Pedro Pontual, secretário-adjunto da Casa Civil e facilitador do Processo de Segurança Pública da Cop30, explica que “enquanto a Zona Azul é o espaço voltado às negociações entre os Estados, a ideia da Green Zone é ser um local aberto para que quem não faz parte dessas tratativas também possa participar, interagir e usufruir da experiência que a conferência proporciona”. Segundo ele, o local foi projetado para oferecer ampla acessibilidade sem comprometer a segurança. “Teremos controle de acesso com detector de metais e inspeção por raio-X. Com esse sistema, conseguimos manter a segurança necessária e, ao mesmo tempo, dispensar a burocracia de inscrição prévia”, destacou.
A Zona Verde contará com uma programação diversificada, incluindo exposições, oficinas, debates, apresentações artísticas, instalações imersivas, eventos culturais e shows. O espaço também abrigará hubs temáticos sobre financiamento climático, tecnologias limpas e outros assuntos ligados à sustentabilidade, permitindo que empresas e organizações apresentem suas iniciativas.
Entre os principais objetivos da Green Zone estão o fortalecimento do protagonismo brasileiro na agenda climática, a valorização da ciência amazônica, dos povos indígenas e das comunidades locais, além da ampliação da participação da sociedade civil. O espaço também busca sensibilizar a população de Belém, cidade anfitriã do evento, e reforçar sua conexão com o território e com a pauta ambiental.
Além de promover conscientização, a Zona Verde será um ponto de lazer gratuito. Inaugurado em junho e aberto ao público por dois meses, o espaço registrou cerca de 700 mil visitantes, com áreas dedicadas ao esporte e convivência. Após a instalação das estruturas da Cop30, o local voltará a ser reaberto ao público.

