São Paulo (SP) – A Expo Abla 2025, que acontece nos dias 29 e 30 de outubro, no São Paulo Expo, trouxe para o centro das discussões a importância da aplicação prática do ESG no setor de locação. O painel “ESG na prática: casos reais no setor de locação”, mediado por Leonardo Soares, coordenador-geral da UniAbla e diretor executivo do Sindlog-MG, reuniu Luciano Miranda, CEO do Grupo EMTEL; Elen Ribeiro, gerente de Qualidade e Recursos Humanos na Rondave; e Douglas Bonfim, CEO do Grupo OBDI, para compartilhar experiências e desafios em sustentabilidade, governança e responsabilidade social.
Miranda apresentou ações simples, mas efetivas, que sua empresa vem implementando. Ele destacou o treinamento de colaboradores para realizar lavagem a seco dos veículos, reduzindo o consumo de água de 250 litros por carro para quase zero. “A gente treina o funcionário para entender o impacto do que está fazendo. Ele tem consciência de que aquilo que ele está fazendo impacta”, explicou. O executivo reforçou que pequenas mudanças culturais, quando bem estruturadas, geram resultados significativos no longo prazo.
Já Elen Ribeiro destacou a importância de certificações e processos internos que comprovam o comprometimento ambiental da empresa. “Nós ganhamos vários contratos porque tínhamos o diferencial de ter a ISO 14001. Nossa operação interna tem uma redução muito grande de manutenção, óleo e poluentes, e isso faz toda a diferença”, afirmou. A executiva ressaltou que as práticas ESG não apenas reduzem custos, mas também agregam valor comercial e fortalecem a imagem da marca perante o mercado.
Por sua vez, Bonfim trouxe uma reflexão sobre o papel coletivo do setor na sustentabilidade, citando o problema do descarte inadequado de pneus como um desafio urgente. “É difícil encontrar destinos corretos para pneus. O setor precisa se organizar e pensar nisso como uma ação conjunta, criando canais de logística reversa”, alertou. Ele estimou que mais de 6 milhões de pneus são descartados por ano pelos associados da Abla, defendendo a criação de soluções conjuntas entre empresas e entidades.
Encerrando o debate, Leonardo Soares destacou que o objetivo do painel foi justamente mostrar como o ESG pode ser aplicado em qualquer porte de empresa. “O olhar não precisa estar apenas nos grandes relatórios. O mais importante é a cultura interna, o que se faz da porta para dentro”, concluiu.






