Belém viveu, nos dias 5 e 6 de dezembro, uma celebração inédita de sua identidade cultural com a realização do Belém Brega Festival 2025. O evento, realizado no Portal da Amazônia com apoio do Ministério do Turismo, reuniu 48 atrações entre bandas, DJs, aparelhagens e artistas, consolidando-se como um dos maiores encontros dedicados ao gênero no país.
Celso Sabino, ministro do Turismo, acompanhou a programação e definiu o festival como um marco para a cultura nacional.
A realização ocorreu poucos meses depois do reconhecimento da cidade pela Onu Turismo como Capital Mundial do Brega. Em outubro, a campanha nacional O mundo é Brega e Belém é a capital, estrelada por Joelma, fortaleceu o posicionamento do destino como referência cultural. Para Sabino, o título ampliou a visibilidade de Belém no cenário internacional e reforçou o potencial do turismo de eventos. O ministro destacou que festivais como o realizado na capital paraense geram trabalho, renda e ampliam o alcance cultural da região.
O impacto simbólico também foi ressaltado pelos artistas. Mahrco Monteiro afirmou que o brega representa a expressão afetiva do povo paraense e mantém relevância histórica. Já Suanny Batidão considerou o reconhecimento um momento aguardado por décadas, capaz de abrir novas oportunidades para o tecnobrega e consolidar sua importância no cenário musical brasileiro.
A dimensão econômica do festival também se destacou. Vendedores, técnicos, produtores e empreendedores trabalharam direta e indiretamente nos dois dias de programação, movimentando a cadeia produtiva local. Para trabalhadores que atuam na orla de Belém, como Maria de Fátima Santos, o retorno foi imediato, com aumento significativo nas vendas. Outro exemplo foi o de Leidiane Souza, vendedora de comidas típicas, que registrou alta demanda por pratos regionais como tacacá, maniçoba e vatapá, reforçando o papel da gastronomia na atração turística.

