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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Meios de pagamentos eletrônicos avançam no setor de Turismo

Especialistas explicam impactos dos meios de pagamentos eletrônicos, como o VCN, e chargeback para agências de viagens e clientes

O painel “Comitê de Tecnologia: Meios de pagamentos eletrônicos e Chargeback Parte l”, realizado durante a 4º Abav MeetingSP, em São Paulo (SP), reuniu Isabelle Grechi (B2B Reservas), Thiago Mendes (Grupo Teatur) e Patricia Thomas (Omnibees), com mediação de Juliana Assumpção (Abav-SP). O debate reforçou a expansão dos meios de pagamentos eletrônicos, sobretudo o número de cartão virtual (VCN), e os impactos diretos na segurança, na conciliação e na redução de fraudes no setor.

Os painelistas concentraram-se nos principais pontos que vêm moldando o tema no Turismo: adoção crescente do VCN, novas práticas de conciliação, democratização do acesso ao crédito via bancos e fintechs, diminuição de inadimplência, parametrizações avançadas e mitigação de chargeback. “Já adotamos novos comportamentos na pessoa física, então por que não faria isso na pessoa jurídica?”, questiona Patricia, ao explicar a mudança estrutural nos meios de pagamento.

No painel, Isabelle Grechi enfatiza a consolidação da tecnologia e o papel central do Brasil no desenvolvimento de soluções de segurança nos pagamentos eletrônicos. “O Brasil lidera a tecnologia de segurança no aspecto de pagamentos eletrônicos, lidera em relação à confiança e ao volume de transações feitas com essa tecnologia”, afirma. A executiva destaca ainda a relevância do VCN na conciliação, ao afirmar que ele “traduz aquele monte de papelzinho térmico do cartão de crédito e joga para uma planilha pronta em tempo real”, complementa.

Mendes, recém-integrado ao Comitê de Tecnologia, relatou sua experiência como empresário e o impacto do tema em sua operação. Ele afirmou que só passou a se aprofundar no assunto ao participar das reuniões técnicas da entidade. “Eu vi a importância, eu vi o quanto isso pode ajudar, pode facilitar e otimizar os trabalhos dentro da agência”, declara. Mendes ressaltou que, apesar de já ter contato prévio com soluções digitais, não havia percebido a dimensão dos ganhos até entender a estrutura do VCN.

A partir das perguntas do público, Patricia detalhou como funciona a cadeia de geração do VCN, envolvendo cliente, TMC, ferramentas de reserva, bancos, fintechs, bandeiras, adquirentes e agregadores. “Todos seguem o mesmo fluxo para geração, conciliação e parametrização da ferramenta”, pontua. Isabelle complementou ao reforçar que o uso do cartão mitiga riscos fundamentais para o setor. “Acima de tudo, o que estamos olhando aqui é segurança, segurança para o negócio e segurança para a gestão”, conclui.

Na parte final, as especialistas esclareceram dúvidas sobre chargeback e relação com processos manuais. Questionada sobre suposto amadorismo no setor, Isabelle rejeitou a ideia e associou o problema a desafios culturais, reforçando que o VCN reduz essas vulnerabilidades. “O legal desse meio de pagamento é justamente isso, ele vem por um caminho integrado, sem inserção manual de número de cartão, e isso mitiga várias etapas do processo”, afirma.

O painel também abordou tendências para os próximos anos, com Isabelle destacando que o uso do VCN já não é mais projeção, mas realidade consolidada. “Isso não é mais uma tendência, isso já é real”, declara. A executiva ainda antecipou que a tecnologia deve alcançar também toda a cadeia de eventos. Na conclusão, Patricia reforçou que as empresas corporativas já operam majoritariamente com meios eletrônicos. “Isso já faz parte da rotina”, acrescenta.

O tema voltará durante a programação da Abav TravelSP, previsto para acontecer em Campinas (SP), nos dias 11 e 12 de março, quando o comitê retomará o debate com aprofundamento técnico e novos desdobramentos práticos para agências de diferentes perfis.

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