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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Ventos fortes provocam cancelamentos e redirecionamentos de voos em Congonhas

Rajadas acima de 80 km/h atingem São Paulo e afetam a operação aérea; fenômeno está ligado aos efeitos de um ciclone extratropical

Os fortes ventos que atingiram São Paulo na manhã desta quarta-feira (10) impactaram diretamente a malha aérea do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Segundo a Aena, concessionária responsável pela administração do terminal, as companhias aéreas cancelaram cinco voos — três chegadas e duas partidas — além de redirecionarem outros dez para aeroportos alternativos.

Apesar das mudanças, a operadora ressalta que o aeroporto funciona normalmente, sem restrições estruturais ou de infraestrutura. As alterações, diz a Aena, foram decisões das próprias empresas aéreas, que consideraram as condições meteorológicas adversas.

Por volta das 9h, a Defesa Civil registrou ventos de 69 km/h na região do aeroporto, índice que subiu para 81,7 km/h às 11h20, configurando rajadas atípicas para a capital paulista.

Ciclone extratropical amplia efeitos no estado de São Paulo

Embora formado longe do território paulista, o ciclone extratropical que atua na região Sul do país tem provocado reflexos significativos em diversas áreas do estado. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as rajadas podem superar os 70 km/h ao longo do dia, com velocidade média próxima de 30 km/h.

O fenômeno, segundo a Defesa Civil, gera uma combinação de fatores: atração de correntes de ar quente e úmido vindas do Norte e Centro-Oeste, formação de nuvens carregadas, queda de temperatura e intensificação da nebulosidade. Mesmo distante do núcleo do ciclone, o estado sofre os efeitos da borda do sistema, que inclui a passagem de uma frente fria.

O meteorologista Willian Minhoto reforça que o cenário favorece tempestades e ventos fortes, especialmente em áreas de relevo complexo — como serras e regiões de topografia irregular — onde o fluxo de vento é naturalmente canalizado e potencializado.

Chamados por queda de árvores e gabinete de crise ativado

Até o meio-dia, o Corpo de Bombeiros já havia registrado 514 chamados por queda de árvores na Grande São Paulo, reflexo direto das rajadas intensas. A combinação de vento forte e solo úmido aumenta o risco de tombamento de estruturas vegetais e de danos a postes, veículos e vias públicas.

Diante do avanço do fenômeno, a Defesa Civil ativou um gabinete de crise que reúne representantes das concessionárias de energia, Corpo de Bombeiros, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Sabesp, Artesp, Arsesp e outras instituições estratégicas. O grupo acompanha em tempo real os impactos do ciclone e coordena eventuais ações emergenciais.

A faixa leste do estado, mais exposta ao canal de ventos associado ao sistema, pode registrar rajadas acima de 90 km/h ao longo do dia. Ainda assim, o CGE prevê abertura de sol entre nuvens no período da tarde, embora com manutenção de instabilidade atmosférica.

As companhias aéreas orientam os passageiros com voos previstos para Congonhas a verificarem o status das viagens antes de se dirigirem ao aeroporto.

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