O palacete do Parque Lage, localizado aos pés do Corcovado, no Rio de Janeiro, passará por sua primeira reforma estrutural em quase um século. Com início nesta segunda-feira (12), as obras implicam mudanças no uso do espaço, que passará a abrigar exclusivamente a Escola de Artes Visuais (EAV), encerrando o funcionamento de restaurantes e lojas que hoje operam no local. A restrição ao acesso do público está prevista para começar no dia 29 de maio.
A decisão foi motivada por solicitações de alunos e professores da EAV, que relataram dificuldades para a realização das atividades pedagógicas diante do aumento do fluxo de turistas. O palacete, conhecido por seu pátio interno com vista para o Cristo Redentor, é um dos principais pontos de visitação da cidade, frequentemente marcado por filas de visitantes interessados em fotos e experiências gastronômicas.
Com a nova configuração, o palacete não será fechado definitivamente ao público, mas deve ter o acesso condicionado à programação artística desenvolvida pela escola. Representantes da instituição sugerem que o espaço possa ser aberto aos visitantes apenas nos fins de semana, em horários compatíveis com as atividades da EAV. Até o momento, no entanto, não há definição oficial sobre esse formato de uso.
A área externa do Parque Lage, que inclui jardins, trilhas, cachoeiras e brinquedos infantis, continuará aberta normalmente, inclusive durante o período de obras. A proposta é que o novo modelo de visitação concilie a preservação do patrimônio artístico e a permanência do parque como espaço público e turístico da cidade.
