A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) anunciou nesta terça-feira (19), em Brasília, o novo posicionamento de sua marca, com ênfase em uma agenda de redução de custos e expansão da aviação civil brasileira. O objetivo é criar as condições para que a classe C volte a viajar de avião e que o setor alcance a marca de 140 milhões de passageiros transportados por ano até 2030.
O evento contou com a presença de autoridades como Tomé Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Marcelo Freixo, presidente da Embratur, e Vander Costa, presidente da CNT, além de Juliano Noman, presidente da Abear, e dos presidentes da Azul, Gol e Latam.
Na ocasião, Franca destacou os recordes recentes do setor e afirmou que a expectativa para 2025 é superar os 121 milhões de passageiros. Já Freixo ressaltou a importância da aviação para a atração de turistas internacionais, que em 2024 somaram 6,7 milhões de visitantes e US$ 7,3 bilhões em receita.
Para Juliano Noman, a aviação brasileira está diante da oportunidade de um novo ciclo de crescimento, mas enfrenta desafios ligados ao ambiente de negócios. Ele destacou que apenas em 2025 a judicialização poderá gerar mais de R$ 1 bilhão em custos para as companhias aéreas. “Além da segurança, nossa obsessão é a agenda de redução de custos. Precisamos de políticas públicas que aumentem a competitividade das empresas e democratizem o transporte aéreo”, afirmou.
Os dados apresentados reforçam o momento positivo do setor. No primeiro semestre de 2025, foram transportados 61,8 milhões de passageiros, superando os 57,4 milhões registrados em 2019, último ano antes da pandemia. Vale ressaltar, ainda, que deste montante, 48 milhões de passageiros foram somente de voos domésticos.
O volume total também representa um crescimento de 10% em relação a 2024. Apesar do avanço, o presidente da associação frisou que as empresas ainda lidam com pressões financeiras significativas e precisam de um ambiente regulatório mais sustentável para garantir a expansão.