São Paulo (SP) – Durante o 9º Salão do Turismo, realizado entre os dias 21 e 23 de agosto, no Distrito Anhembi, a Parquetur apresentou suas estratégias para ampliar o acesso e a atratividade dos parques sob sua gestão. Pedro Cleto, diretor executivo da empresa, destacou que o objetivo central é aumentar a visitação às unidades de conservação, fortalecendo a cultura de contato com a natureza no Brasil.
“A Parquetur é uma empresa de concessões de parques naturais e usamos as unidades de conservação como ferramenta de educação ambiental. Nosso objetivo é levar as pessoas para dentro dos parques, oferecendo infraestrutura e segurança para que a experiência seja organizada, acessível e sustentável”, declara Cleto.
Segundo o executivo, o Brasil recebe cerca de 16 milhões de visitantes por ano em seus parques, número considerado baixo quando comparado a países como os Estados Unidos, onde a visitação se aproxima da proporção de um visitante por habitante. “Precisamos quebrar esse paradigma social de que os brasileiros não frequentam parques. Essa mudança cultural é nossa principal meta”, acrescenta.
Portfólio e novos projetos
A Parquetur administra atualmente seis unidades, sendo quatro em operação: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), Parque Nacional do Itatiaia (SP/RJ/MG), Caminhos do Mar (SP) e Parque Estadual do Ibitipoca (MG). Outros dois parques estão em fase de implantação: Parque Estadual do Itacolomi (MG) e Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT).
Entre os destaques, Cleto ressaltou a relevância do Caminhos do Mar, localizado a 40 minutos da capital paulista. “Queremos que ele se consolide como uma referência turística de São Paulo, por estar próximo e oferecer atividades diversificadas, como tirolesa, trilhas, cachoeiras e monumentos históricos restaurados”, afirma.
Integração com o trade
Para fortalecer a presença no mercado, a Parquetur estruturou uma área dedicada ao relacionamento com o trade turístico. “Estamos mapeando grandes operadoras como CVC e Decolar para distribuir nossos parques e facilitar o acesso do público. A ideia é desenvolver pacotes que tornem a compra mais simples e a experiência menos insegura para o visitante”, explica Cleto.
Segundo ele, muitos turistas ainda têm dúvidas sobre segurança, infraestrutura e hospedagem ao redor dos parques. Para reduzir esse receio, a empresa aposta em informações detalhadas, serviços estruturados e parcerias estratégicas.
Segurança, acessibilidade e sustentabilidade
A segurança é tratada como prioridade nas operações. “Todos os parques têm sistemas de gestão de segurança instalados e protocolos claros de atendimento a emergências. Qualquer decisão nossa é baseada nesse princípio”, reforça Cleto.
Outro eixo é a acessibilidade. Parcerias, como a firmada com a BRP para uso de UTVs, permitem que pessoas com mobilidade reduzida acessem atrativos antes restritos. No Parque Nacional do Itatiaia, por exemplo, já existe cachoeira acessível a cadeirantes. “Nosso objetivo é tornar experiências como trilhas, tirolesa e monumentos históricos acessíveis a todos”, completa.
A sustentabilidade também guia as ações da concessionária, tanto do ponto de vista ambiental quanto social. “Cerca de 95% dos colaboradores da Parquetur vêm das comunidades do entorno. Cada real investido em concessões retorna de sete a dez vezes para a economia local”, afirma o executivo.
Além da visita convencional, a Parquetur aposta em atividades e experiências, como campings, passeios noturnos, aluguel de bicicletas, canoagem e canyoning em parceria com operadores locais. “O turismo em unidades de conservação só acontece se houver experiências. Os guias são fundamentais nesse processo, pois são eles que impulsionam a visitação e conectam os visitantes com o parque”, conclui Cleto.