O Ministério do Turismo realizou nesta terça-feira (9) uma capacitação online voltada ao fortalecimento das redes de proteção à infância e à adolescência, em preparação para o aumento do fluxo turístico esperado na COP30, que será sediada em Belém, no Pará, em 2025. A atividade integrou o programa Diálogos para a COP e a Operação Curupira Mirim, iniciativas que buscam garantir que a expansão do turismo ocorra de forma ética, segura e responsável.
O treinamento reuniu cerca de 40 participantes, entre representantes dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Ministério Público do Trabalho, além das Polícias Civil e Militar e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará. A abertura foi conduzida por Carolina Fávero, coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do MTur, que destacou a importância da mobilização prévia. “O turismo precisa ser um espaço de oportunidades e desenvolvimento, nunca de violações. A capacitação de hoje reforça o compromisso do Brasil, em preparação para a COP30, de garantir que o aumento do fluxo turístico seja acompanhado por redes de proteção fortes e atuantes em defesa de crianças e adolescentes”, afirmou.
Entre os conteúdos apresentados, tiveram destaque as diretrizes do Código de Conduta Brasil, ferramenta que orienta profissionais e empresas do setor a adotarem práticas responsáveis contra violações de direitos no turismo. Também foi enfatizado o papel do Movimento Turismo que Protege, criado pelo MTur para mobilizar agentes públicos e privados na construção de um ambiente turístico ético, inclusivo e seguro.
A capacitação contou ainda com a participação da professora Marklea Ferst, da Universidade do Estado do Amazonas, que ressaltou o papel da sociedade na prevenção. “A proteção de crianças e adolescentes começa pelo olhar atento de todos. Cada cidadão pode ser um agente de prevenção ao identificar e denunciar situações de risco”, afirmou.
A Operação Curupira Mirim, que integra órgãos federais e estaduais, atua com sensibilização, fiscalização e capacitação, reforçando o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo. A expectativa é de que, até a COP30, novas ações sejam implementadas para consolidar uma rede de proteção efetiva diante da maior movimentação turística que o evento deverá gerar para a região amazônica.