Sabino havia apresentado uma carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 26 de setembro, mas atendeu a um pedido do petista para seguir no cargo e participar de compromissos relacionados à COP30, no Pará, seu estado natal. Durante evento em Belém, na última quinta-feira (2), o ministro afirmou publicamente que continuará apoiando o presidente. “Nada, nem partido político, nem um cargo, nem ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, presidente, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão”, declarou.
A permanência de Sabino foi confirmada por aliados após sua participação em agendas oficiais no Norte do país, incluindo a inauguração do Parque Linear da Nova Doca, em Belém. O gesto reforçou o alinhamento do ministro com Lula e aumentou o desconforto dentro do União Brasil, que já prepara sua expulsão.
Segundo o deputado Fábio Schiochet (União-SC), relator do processo, a direção nacional do partido deve se reunir na próxima quarta-feira (8) para votar o relatório que recomenda a saída definitiva do ministro. O prazo para defesa de Sabino termina nesta segunda-feira (6). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também defendeu a expulsão e indicou que o diretório estadual do partido no Pará, controlado por Sabino, pode ser dissolvido.
Mesmo sob pressão, o ministro mantém a intenção de continuar no cargo e a expectativa é que Celso Sabino encontre Lula novamente nos próximos dias. Segundo o jornal, Sabino tem dito a aliados que sua permanência é motivada pelo compromisso com o setor de Turismo e pelo desejo de concluir projetos considerados estratégicos, como a expansão da infraestrutura turística e o fortalecimento das ações preparatórias para a COP30.