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Matheus Alves
Matheus Alves
Repórter - E-mail: matheus@brasilturis.com.br

Star Alliance celebra conquistas e debate tendências do setor aéreo em São Paulo

Encontro da Star Alliance reuniu companhias-membro, parceiros e travel managers para discutir tecnologia, IA e expansão de rotas

São Paulo (SP) – A Star Alliance reuniu lideranças e equipes das companhias aéreas membras, além de parceiros estratégicos e travel managers para um happy hour na Dengo Chocolates da Faria Lima, na capital paulista. Realizado na noite desta quinta-feira (16), o evento teve como principal objetivo fortalecer a conexão com o trade corporativo, compartilhar as principais atualizações e brindar as recentes conquistas da aliança global.

“Para nós, a Star Alliance no Brasil é muito importante se conectar com os nossos passageiros mais frequentes, os travel managers que levam tantos clientes ao redor do mundo”, declara Annette Taeuber, chairwoman da aliança no Brasil e diretora de Vendas no Brasil do grupo Lufthansa, em entrevista ao Brasilturis. Ela destaca que a aliança é composta por 25 companhias aéreas, das quais 12 operam no Brasil, e cobre 98% do globo.

Entre as principais conquistas, está o reconhecimento pela 13ª vez como a melhor aliança aérea do mundo pelo ranking Skytrax, considerado o “Oscar da aviação”. “Isso nos enche de orgulho total. Além disso, companhias aéreas do grupo ganharam 62 prêmios individuais, e nossos lounges também foram reconhecidos, especialmente os de Charles de Gaulle e de Los Angeles”, pontuou.

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A executiva destaca os avanços nas operações integradas entre as companhias da aliança. Entre eles, está a tecnologia Star Alliance Connection Service. “Nos bastidores de uma conexão entre duas companhias da aliança, existe um centro de conectividade que monitora eventuais atrasos. Ao menor sinal de problema, equipes especializadas cuidam da bagagem e do passageiro para garantir que ele chegue ao destino sem percalços”, explica.

Anette aponta ainda a expansão da aliança para o setor intermodal, com a inclusão de companhias ferroviárias como a Deutsche Bahn (Alemanha) e a ÖBB (Áustria), que passam a integrar o network da Star Alliance. Na ocasião, também foi destaque a integração da Ita Airways, que deve se tornar 26ª membro da aliança a partir de janeiro, ampliando as opções de conexão via Roma, classificado como aeroporto cinco estrelas na Europa.

Star Alliance
Annette Taeuber, chairwoman da Star Alliance no Brasil e diretora de Vendas no Brasil do grupo Lufthansa. Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

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O evento anual é a principal ação da Star Alliance no Brasil voltada ao relacionamento com o trade. “Tentamos fazer um evento grande como esse por ano, mas nos reunimos com frequência para discutir outras possibilidades. Estou há dois anos como chairwoman e, provavelmente em breve, passarei o bastão, mas a aliança seguirá sempre buscando inovar”, pontua

Como parte desse esforço de inovação, o formato do encontro deste ano também foi diferente: o modelo de perguntas e respostas permitiu participação ativa do público. “Foi a primeira vez que tivemos todos os representantes das companhias aéreas presentes e disponíveis para quaisquer perguntas. Houve bastante interesse em temas como inteligência artificial e precificação, e a ideia era exatamente essa: interagir com nossos melhores clientes”, explica.

Conteúdo

Sob mediação de Jayme Drummond, do canal Carioca no Mundo, o painel de perguntas e respostas reuniu executivos de oito companhias aéreas internacionais, que abordaram temas como expansão de rotas, acordos corporativos, uso de inteligência artificial e experiências de viagem. Confira os principais destaques a seguir:

Gian Carlo Takejawa, diretor-geral da Air Canada no Brasil, destacou o novo voo sazonal entre o Rio de Janeiro e o Canadá, previsto para operar entre dezembro e março, e destacou a relevância do segmento corporativo na decisão de ampliar a operação. “O mercado corporativo faz uma diferença gigantesca para o setor”, afirma.

César Floreste, representante da All Nippon Airways (ANA), explicou que a companhia mantém acordos específicos com empresas japonesas instaladas no Brasil, reforçando a atuação em nichos corporativos e ressaltando a filosofia de hospitalidade omotenashi, que busca “superar as expectativas do cliente e antecipar necessidades”.

Mônica Afonso, gerente comercial interina da Copa Airlines, detalhou a expansão da malha no Brasil, que passa a incluir Salvador a partir de janeiro, e explicou como o hub do Panamá conecta mais de 80 destinos em 32 países. Segundo ela, a empresa pretende quase dobrar a frota até 2029.

Pela South African Airways (SAA), Gabriel Gomes, gerente regional da companhia, destacou o aumento das frequências entre São Paulo e a África do Sul, com voos diretos para Johannesburgo e Cidade do Cabo. O executivo ressaltou o potencial do destino africano e a longa trajetória da empresa no Brasil, que “há mais de 50 anos conecta os dois continentes”.

Omer Bektes, gerente-geral da Turkish Airlines, enfatizou a força da malha global da companhia, que conecta mais países do que qualquer outra aérea no mundo, e citou a recente ampliação das operações no Cone Sul, com voos entre São Paulo, Buenos Aires e Santiago.

Carlos Antunes, diretor da Tap Air Portugal para as Américas, abordou o uso de ferramentas de inteligência artificial aplicadas à gestão operacional e ao atendimento ao cliente, destacando que “essas tecnologias permitem prever atrasos, reacomodar passageiros e otimizar recursos em tempo real”, reforça.

Na mesma linha, Jaqueline Conrado, diretora da United Airlines no Brasil, explicou que o investimento em tecnologia tem aprimorado a experiência do passageiro. “Nosso aplicativo permite atualizações em tempo real, remarcações e acompanhamento de grupos, além de uso intensivo de inteligência artificial para precificação dinâmica”, pontua.

Por fim, representando a Lufthansa, Anette ressaltou que o avanço das tecnologias e a aplicação de dynamic pricing (tarifação dinâmica) estão transformando a maneira como as companhias aéreas equilibram demanda e rentabilidade. “O uso do NDC e da precificação inteligente torna as tarifas mais flexíveis e acessíveis, beneficiando tanto o passageiro corporativo quanto o de lazer”, frisa a executiva.

Star Alliance
Painel com oito companhias aéreas da aliança global foi mediado por Jayme Drummond, do canal Carioca no Mundo. Crédito: Matheus Alves/Brasilturis

Perspectivas

Sobre o mercado brasileiro, Anette reforça sua relevância para a aliança. “O Brasil está representado com quase metade das companhias Star Alliance. Isso demonstra o quanto o país é importante. Quase todas as companhias anunciaram mais frequências e novas origens para o Brasil. Se continuar nesse ritmo, quem sabe não teremos ainda mais membros atuando aqui?”, observa.

A executiva finalizou com uma mensagem aos travel managers. “Conectando via as companhias aéreas da Star Alliance, o passageiro tem reconhecimento de status, pode trocar milhas entre empresas e acessar mais de 100 lounges no mundo todo. Além disso, conta com o ‘duty of care’, já que quando uma companhia não atua em determinado mercado, outra assume para garantir cobertura global — afinal, a Star Alliance cobre 98% do globo”, conclui.

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