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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Cadier projeta crescimento em 2026 e destaca papel do trade no desempenho da Latam

CEO da companhia para o Brasil avalia avanços de 2025, destaca competitividade recuperada e aponta expansão com novos Embraer como motor do próximo ciclo

São Paulo (SP) – Durante o Momento Latam Trade, realizado no Palácio Tangará na noite desta terça-feira (9), Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, apresentou um panorama do desempenho da companhia em 2025 e compartilhou expectativas para 2026. Diante de uma plateia formada por parceiros estratégicos, o executivo foi direto ao ponto: a aviação brasileira ainda tem muito a evoluir, e a Latam pretende liderar esse avanço com um plano de expansão, produto aprimorado e relação cada vez mais integrada com o trade.

Em sua fala, Jerome defendeu enfaticamente a liberdade empresarial como condição essencial para a competitividade. “Cada um de nós, nas suas empresas, tem a liberdade para definir o produto que queira, tem a liberdade para empreender as ideias que querem entender, sofrer as consequências boas ou ruins das decisões que cada um de nós toma dentro dos seus negócios”, afirmou. Para ele, decisões impostas por quem não domina a complexidade da aviação podem comprometer o desenvolvimento do setor.

2025: um ano de crescimento e reencontro com o mercado

Ao analisar o ciclo que se encerra, Cadier destacou que 2025 consolidou a retomada de uma estratégia mais precisa e eficiente para o Brasil — algo que, segundo ele, nem sempre esteve completamente claro no passado. A companhia encontrou uma fórmula para operar de forma mais competitiva e reconquistar a preferência do passageiro.

“A gente encontrou a fórmula, a maneira de atender o mercado brasileiro de maneira mais competitiva”, disse. O resultado desse movimento foi a ampliação da fidelidade do cliente, estímulo ao uso do programa e maior disposição do consumidor para escolher a Latam. “Hoje cada vez mais o cliente quer voar Latam. Isso permite que a gente cresça mais”, completou.

Esse crescimento foi sentido tanto na malha doméstica quanto internacional, em um ano marcado por expansão consistente, melhora de indicadores e fortalecimento comercial junto ao trade.

2026: ano de expansão, novos produtos e capilaridade ampliada

Com o bom desempenho de 2025, o executivo projeta um 2026 francamente positivo. O ano deve ser marcado por crescimento “relevante”, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, impulsionado pela entrada de novas aeronaves.

Além da continuidade da frota já contratada, Jerome destacou a chegada dos primeiros Embraer no quarto trimestre de 2026, aeronaves que permitirão uma capilaridade significativamente maior no território brasileiro. “A gente também começa a receber no quarto trimestre do ano que vem a frota da Embraer, que vai permitir que a gente chegue em mais cidades e tenha mais capilaridade no mercado aeronáutico brasileiro”, apontou.

O executivo também mencionou o potencial de converter parte das 50 opções de aeronaves previstas para pedidos firmes a partir de 2028, caso o desempenho do mercado confirme as expectativas de expansão — um sinal claro de que a Latam enxerga um horizonte de longo prazo no país.

No campo do produto, Jerome citou duas frentes essenciais para manter a competitividade: a implementação de Wi-Fi nos voos de longa distância e a estreia da classe premium comfort, apontada como peça-chave para equilibrar a concorrência com companhias internacionais. Ambas as iniciativas respondem a demandas frequentes de viajantes corporativos e devem elevar o padrão de experiência nos próximos anos.

Trade como parceiro indispensável

Em sua fala, Jerome reservou espaço especial para reforçar a importância estratégica do trade. “A Latam precisa da capacidade de venda que vocês têm, para sempre. Eu não acredito no futuro onde a parceria com o canal de mídia não é absolutamente chave para o sucesso da companhia”, afirmou. E completou: “Vocês crescendo e a nossa relação sendo mais forte, a gente também cresce”.

Ele destacou ainda que a relação só se sustenta com transparência, confiança e disposição para corrigir erros quando necessário. “A gente comete erros, mas a gente corrige os erros e a gente não esconde”, disse.

Um 2026 confiante, apesar das incertezas

Embora evite projeções detalhadas para 2027, que Jerome classificou como um ano ainda “incerto”, o executivo assegurou que 2026 deve ser marcado por continuidade no crescimento e pela consolidação de novos pilares estratégicos. Ao finalizar sua mensagem, reforçou o agradecimento ao trade pela parceria e pela presença no evento, mesmo em meio ao trânsito paulistano.

“A gente termina um ano de bastante crescimento e olha para 2026 de forma positiva”, resumiu.

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