Um levantamento pedido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e o Conselho Internacional de Aeroportos da Europa (ACI) pela Oxera e a Edge Health, descobriu que as restrições de testes de covid-19 impostas pela Itália e pela Finlândia em dezembro de 2021 aos viajantes aéreos “não fizeram diferença distinta para transmissão da Ômicron”, conforme divulgado nesta semana.
A pesquisa encomendada pela Iata acrescentou que o impacto de tais restrições, particularmente as limitações à livre circulação de pessoas, resultou em dificuldades econômicas significativas e desnecessárias para os setores de viagens e turismo e para a economia europeia.
O relatório da Oxera e da Edge Health também mostrou que manter os requisitos de testagem antes da partida para viajantes vacinados “não terá impacto algum na disseminação futura da variante Ômicron” nos dois países.
De acordo com o relatório, a disseminação da variante não teria sido interrompida ou significativamente limitada se as restrições tivessem sido impostas anteriormente, pois elas já circulam bem antes do momento em que são identificadas.
Assim, ambas a Iata e o ACI estão pedindo aos governos europeus a suspensão de todas as restrições referentes a testes negativos de covid-19 para indivíduos totalmente vacinados.
“A pesquisa deixa claro que o inevitável atraso na identificação de novas variantes significa que a transmissão já ocorre ao mesmo tempo que as restrições de viagem são impostas. É o caso clássico de fechar a porta do estábulo depois que o cavalo fugiu”, disse Conrad Clifford, vice-diretor geral da Iata.
“Manter os testes para passageiros vacinados, portanto, parece completamente ineficaz do ponto de vista da saúde, mas prejudica a confiança dos passageiros e as economias nacionais”, concluiu.
Agenda