Conhecida como Capital do Pantanal por ter mais de 65% de seu extenso território no bioma, Corumbá, em Mato Grosso do Sul, é um convite aos amantes da pesca esportiva, seja em grupo de amigos, em família ou encontros promovidos por empresas. Situada a 420 km de Campo Grande, a histórica cidade de 240 anos tem a melhor estrutura de pesca esportiva em água doce no Brasil. Os barco-hotéis e hotéis oferecem conforto, segurança e bons serviços.


A temporada de pesca esportiva no Pantanal se estende de 1º de março a 5 de novembro, período em que a lei estadual autoriza a captura e o transporte de um exemplar (obedecendo os tamanhos mínimos e máximos) e cinco piranhas. Mas a abertura desse esporte emocionante acontece já agora, em 1º de fevereiro, mês em que é permitido o pesque e solte na calha do Rio Paraguai, cujas águas banham a região pantaneira por mais de 1.200 km.


O melhor destino de pesca esportiva do Pantanal tem seus predicados: além da natureza exuberante que permeia o rio e seus meandros (a Serra do Amolar, distante 200 km ao norte da cidade, na divisa com Mato Grosso, é um observatório da fauna e da flora e uma chance provável de avistar a onça-pintada no barranco predando um jacaré), o turista vai ao encontro do dourado, do pintado, do jau e do pacu, espécies nobres – e a emoção é certa na fisgada.


Como chegar
Os barcos-hotéis preparam a sua pescaria e garantem toda infraestrutura – e alguns possuem piscinas a bordo. Os pacotes incluem acomodações em ambientes aconchegantes, conforme a exigência do cliente, a boa comida pantaneira, bebidas, gasolina e a isca viva, disponibilizando ainda botes com experientes guias de pesca. A capacidade das embarcações está adaptada ao bolso do turista e ao tamanho do grupo, oferecendo entre 8 e 80 lugares.


A Capital do Pantanal conta com excelente rede hoteleira, com categorias e tarifários diversificados. O corumbaense tem fama de hospitaleiro e o visitante se sentirá em casa com a receptividade. A vida noturna da cidade é agitada nos bares do centro e da orla portuária, onde fica o Casario do Porto, Patrimônio Histórico Nacional. Reserve um tempo para conhecer também o monumento Cristo Rei do Pantanal, uma réplica do Cristo Redentor.


O acesso a Corumbá pode ser feito pela BR-262, a partir de Campo Grande, sem pressa. A rodovia cruza o Pantanal, a partir de Miranda, metade do caminho, tornando a viagem prazerosa com revoada de pássaros. É preciso muita atenção ao dirigir: a via é passagem de animais silvestres e radares controlam a velocidade em 80 km/h para veículos de passeio. Outra opção é o aéreo: a Azul tem voos entre Corumbá e o aeroporto de Campinas (SP).


Pesque e solte
A pesca esportiva no Pantanal de Corumbá tornou-se uma referência quando se fala em sustentabilidade, com o engajamento dos empresários locais pela preservação do estoque pesqueiro na bacia do Rio Paraguai. Hoje, a maioria dos pescadores amadores que desfruta das belezas desse paraíso não leva mais o peixe; apenas a imagem que testemunha a emoção de fisga-lo. A isso se chama adesão à pioneira campanha pelo pesque e solte!


Os barcos-hotéis aboliram as câmaras frias e o passado incentivado por cotas predatórias. Em 2012, o município proibiu a pesca do dourado, seguido pelo Estado em 2021, com a espécie voltando a repovoar os rios e a proporcionar grandes momentos na pescaria. Há dois anos, o Estado decretou a redução da cota de captura de cinco peixes nobres para apenas um exemplar, garantindo assim a preservação e a atratividade da pesca esportiva no Pantanal. Independente das leis, a maioria dos associados da ACERT (Associação Corumbaense de Empresas Regionais de Turismo) só comercializa seus pacotes para a prática do pesque e solte.


No Estado, foi estabelecido o período de defeso (piracema), de novembro a março, quando cessa a pesca esportiva e profissional. A legislação atual, no entanto, permite o pesque e solte em fevereiro no Rio Paraguai. Para pescar em Mato Grosso do Sul é exigida a licença expedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS). A multa por pescar sem o documento varia de R$ 300 a R$ 10 mil, com apreensão de pescado, material de pesca e barco.

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Licença de pesca

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