Um levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) apontou que as empresas do setor terão crescimento de 30% em volume de veículos comprados até o fim de 2022, sendo responsáveis por 35% das vendas das montadoras no ano.
Apresentado durante a realização da 17ª edição do Fórum Internacional do Setor de Locação de Veículos, que ocorre até quarta-feira (23), em São Paulo, a Abla destacou ainda o número de 14 mil locadoras ativas no Brasil hoje, representando alta de 25,7% em relação a 2020.
Apenas de julho a outro deste ano, as locadoras compraram 233.540 veículos das montadoras. No total, até o mês passado, a soma chega a 457.410 veículos e, no acumulado de dez meses, as empresas já compraram 3,5% a mais do que o acumulado de 2021.
Em relação à frota total do segmento, o crescimento neste ano atingiu, até outubro, 20,8% no comparativo com dezembro de 2021. Agora, são 1.373.407 automóveis e comerciais leves registrados em nome de locadoras, contra 1.136.517 unidades ao final do ano passado.
A projeção de compras para os meses de novembro e dezembro é de 55 mil a 60 mil carros por mês. Assim sendo, a estimativa é de terminar o ano com 575 mil veículos emplacados, crescimento de 30% sobre as aquisições feitas em 2021 (441 mil veículos).
“Ainda temos muito o que melhorar na indústria automotiva, pois a produção ainda é pequena e ainda temos reflexos dos protocolos de produção em função da falta de alguns componentes eletrônicos e alguns modelos de entrada com muitos problemas que serão o foco no próximo ano”, salientou Marco Aurélio Nazar, presidente da Abla.
Abla: expectativas para 2023
Segundo a Abla, os principais responsáveis por atender a demanda aquecida serão os nichos de terceirização de frotas, seguida pelo carro por assinatura, que, neste ano, já cresceu 16,4%.
Para Marco Aurélio Nazaré, a tendência é que a participação do carro por assinatura venha até a dobrar no médio prazo, já que, apesar de ser uma modalidade recente, veio para ficar.
Outro segmento que deve ganhar força no próximo ano é o aluguel de motocicletas, que hoje têm uma frota de 30 mil.
“Hoje já existem algumas locadoras especializadas que estão com grande potencial de crescimento, sendo que uma delas já está buscando a criação de uma marca específica só para motos”, disse Paulo Miguel Júnior, membro do Conselho da Abla.
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