O turismo de negócios dá sinais de recuperação no Rio de Janeiro, com a escolha da cidade como sede por diversos eventos técnicos-científicos. Entre janeiro e outubro de 2022 foram realizados 112 eventos entre congressos, simpósios e conferências, 40% deles na área de saúde. Esses encontros trouxeram US$ 217 milhões (R$ 1,1 bilhão) para a economia da cidade, e recolheram US$ 10 milhões (R$ 54 milhões) em Imposto sobre Serviços (ISS).

Apenas o Congresso Mundial de Cardiologia, que começou nesta quinta-feira (13), no RioCentro, deve gerar US$ 11 milhões (R$ 60 milhões) em receita para a cidade. O principal evento da especialidade médica volta a acontecer no Estado após 24 anos e a expectativa é receber 11 mil pessoas entre congressistas e palestrantes. A cidade também recebeu, em junho deste ano, o Congresso da International Pig Veterinary Society (IPVS), maior encontro da suinocultura mundial.

“Embora ainda não tenhamos alcançado o número pré-pandemia, estamos entusiasmados com a perspectiva de logo voltarmos a esse patamar. O setor está se recuperando e toda sua estrutura já se adaptou para receber os turistas após esses dois anos afetados pela pandemia”, disse a diretora-executiva do Rio CVB, Roberta Werner.

Em 2019, em um cenário pré-pandemia, foram realizados 278 eventos técnico-científicos no RJ, que geraram cerca de US$ 1 bilhão. Desses, cerca de um terço foram de medicina. Em 2021, ano ainda bastante afetado pela pandemia, pelo surgimento da variante omicron, a cidade contou com 19 eventos técnico-científicos na cidade.

Os eventos técnicos-científicos, em especial os da área médica, são um dos focos de trabalho do Rio CVB. No fim do ano passado, a entidade promoveu um jantar que reuniu representantes de 25 federações, associações e sindicatos médicos, entre eles comissões das sociedades brasileiras de Cardiologia e Oftalmologia e das sociedades de Pediatria e Pneumologia do Rio de Janeiro.

“A escolha do Rio como sede para esses eventos nos enche de orgulho, pois chancela a cidade como um importante polo de discussão científica”, comemorou Roberta.


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